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Política

Ex-vereador morto teve 5 mandatos e criou lei do cinto de segurança na Capital

Silveira ia completar 66 anos na próxima terça-feira e era natural de Bela Vista

Aline dos Santos | 19/07/2017 08:24
Em 2015, Silveira prestou depoimento na Coffee Break.(Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Em 2015, Silveira prestou depoimento na Coffee Break.(Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Assassinado em casa junto com a esposa, o ex-vereador Cristóvão Silveira ia completar 66 anos na próxima terça-feira (dia 25), era natural de Bela Vista, mas fez carreira como vereador em Campo Grande, com cinco mandatos.

A despedida da Câmara Municipal foi em 2012, quando não disputou uma nova reeleição. Em 1994, foi autor de lei para o uso obrigatório do cinto de segurança na Capital, a exigência só passou a ter validade nacional em 1997.

Um dos carro-chefe perto de deixar a Câmara foi o projeto Cantina Saudável. Promulgada em 2011, a Lei Municipal 4.992 proíbe a venda de guloseimas nas escolas públicas e particulares. A legislação veda a comercialização de balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados, refrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos industrializados, frituras, pipoca industrializada.

Em setembro de 2015, quando já não era mais vereador, Silveira prestou depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na operação Coffee Break. Na ocasião, todas as pessoas que aparecem nas escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na operação Lama Asfáltica conversando sobre a cassação do então prefeito Alcides Bernal (PP) foram notificadas a prestar depoimento.

O ex-vereador foi chamado para explicar o teor das conversas mantidas com o empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, dono da Proteco Construções.

Nos grampos telefônicos, durante o período em que Bernal teve o mandato cassado, Silveira fala com Amorim sobre o assunto. Questionado sobre essas conversas, o ex-vereador confirmou que falou por telefone com o empreiteiro, mas que as conversas “não significam nada”.

Em 2014, Silveira fez parte da lista de condenados pela Justiça Federal por uso ilegal de verba pública e publicidade indevida no escândalo do FAT (Fundo de Assistência ao Trabalhador). A condenação foi porque os certificados e apostilas dos cursos continham publicidade do então vereador.

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