Governador discute previdência com Temer e avalia situação da BR-163
Reinaldo Azambuja cumpre agenda amanhã em Brasília
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) terá duas agendas importantes amanhã (25), em Brasília. Ele irá participar de um almoço com o presidente Michel Temer (PMDB), onde vão discutir as mudanças na previdência. No final da tarde, por volta das 18h30, se reúne com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, para avaliar a situação da rodovia BR-163.
Sobre o primeiro encontro, Reinaldo comentou que faz parte de uma reunião do presidente com todos os governadores, para discutir as mudanças propostas na reforma da previdência. Depois de gerar polêmica e vários protestos em todo País, Temer propôs algumas mudanças, entre elas remeter aos estados e municípios, o regramento dos servidores locais.
Reinaldo já adiantou ser contra a mudança, por entender que não se pode ter uma regra diferente em cada estado e município, sendo necessário uma "simetria" no âmbito federal e estadual. Também questiona que caso haja esta alteração, é preciso mudar a Constituição, já que ela preconiza que os estados teriam apenas competência suplementar sobre o assunto.
"O Brasil precisa de reformas, ninguém quer tirar direitos, mas sim combater privilégios de algumas minorias, que acabaram gerando dificuldades na previdência e também na área trabalhista", disse o tucano, durante evento nesta manhã (24), na sede da Funtrab, em Campo Grande.
O governador ainda ponderou que a reforma da previdência vai trazer "equilíbrio para as finanças públicas, enquanto que as mudanças trabalhistas, poderão melhorar a geração de empregos. "Novas oportunidades para as pessoas no mercado de trabalho, sem retrocesso para emprego formal".
Paralisação - Reinaldo ainda participa a partir das 18h30, de uma reunião com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella Lessa, além de representantes da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e dos integrantes da bancada federal, para discutir uma solução sobre a paralisação da duplicação da BR-163.
"Nós queremos saber o que a empresa CCR MSVia está pedindo a ANTT, para que busquemos uma solução em conjunto. O que queremos é o retorno dos investimentos, para que haja continuidade na duplicação da rodovia", disse Azambuja.
Reinaldo busca uma "solução" junto ao governo federal, para resolver o impasse. "É inconcebível que se continue a cobrar pedágio e não prossiga os investimentos, que irão dar segurança e proteção a este local, que já foi conhecida como rodovia da morte".
A CCR MSVia suspendeu as obras de duplicação, pedindo uma revisão no contrato, alegando que desde a assinatura, as condições econômicas do país mudaram, as taxa de juros subiram de 5% para 7,5% no período e em 2013, quando as projeções foram feitas, o Brasil não passava pelas dificuldades, que iniciaram em 2014.
Este contrato assinado em março de 2014, exige que as obras estejam terminadas até o quinto ano da concessão, ou seja, 2020. Porém, a CCR propõe que haja duplicação de 400 km até o décimo e 15º ano de concessão. A BR-163 tem 806 km de duplicação para ser realizado em Mato Grosso do Sul.