Governo de MS discutirá fundo do Pantanal com países da União Europeia
Governador informou que irá a Brasília amanhã para reunião com representantes de 12 países
O Governo do Estado vai retomar com países da União Europeia debate sobre investimentos na área ambiental no Pantanal. O governador Eduardo Riedel informou que haverá reunião nesta terça-feira, em Brasília, com representantes de 12 países na Embaixada do bloco.
Ele informou que os debates que o Estado tem promovido sobre a preservação do Bioma despertou interesse dos países. Há interesse em captar doações a exemplo do que ocorre com o Fundo Amazônia para a preservação e também há movimentação de divulgar a possibilidade de remuneração de serviços ambientais para proprietários rurais que preservam suas áreas, retendo carbono na natureza.
Com a criação de legislações, há demanda crescente nesse setor. Muitos países estão mais avançados sobre o debate que o Brasil, que ainda precisa concluir a aprovação de lei sobre o tema. A lógica é que quem produz e gera poluição precisa investir em iniciativas ambientais de preservação. O Estado tem divulgado que pretende alcançar a condição de carbono neutro até o ano de 2030 e a remuneração para quem precisa passou a ser discutida com frequência.
O titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, e o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Arthur Falcette, estiveram em março na Bélgica, onde funcionam os órgãos da União Europeia, para debater as restrições ambientais que o bloco impõe para quem quer exportar aos países membros e na ocasião já falou sobre o Fundo Pantanal, previsto na legislação aprovada no final do ano passado sobre o bioma. O Executivo previu uma capitalização inicial de R$ 40 milhões por parte do Governo, mas pretende obter recursos de outros setores.
Há cerca de um mês, em entrevista ao Campo Grande News, o governador apontou a valorização das florestas diante dos debates em torno da retenção de carbono na natureza par conter o efeito estufa e as mudanças climáticas. “Você quer política antidesmatamento mais eficiente do que a financeira?”, disse na ocasião, sobre a remuneração a quem preserva. “Eu quero transformar esse ativo ambiental que a gente tem em recurso, em valor para o sistema produtivo nosso”, completou.
Visita de suíços – Esta manhã, durante evento para divulgar como será a participação do Estado no MS Day, que ocorrerá em Nova Iorque, Riedel também comentou sobre a vinda ao Estado de membros da Embaixada da Suiça, com a presença de interlocutor de um “hub” empresarial em busca de oportunidades de negócio em Mato Grosso do Sul. Ele mencionou o esforço do governo em captar iniciativas para o desenvolvimento econômico do Estado, para gerar mais empregos, com o desafio do Governo em ampliar acesso a qualificação e educação.
Ainda esta manhã, ele voltou a falar sobre a posição do Estado de 4ª melhor renda média, mas desafio ainda é ofertar melhores salários para quem está na base do mercado de trabalho, sendo que o setor industrial oferece melhores remunerações.
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