MS quer atrair recursos da Europa para fundo do Pantanal
Governo quer que países da União Europeia contribuam com a preservação, a exemplo do apoio à Amazônia
O Governo de Mato Grosso do Sul acredita que pode demonstrar aos europeus que o Pantanal merece recursos para fundo de proteção criado recentemente, a exemplo do Fundo da Amazônia, que é mais conhecido e recebe financiamento estrangeiro. O titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, acredita que a primeira investida, feita em visita recente à Bruxelas, onde se encontra a sede da união Europeia, foi um passo importante nesse sentido.
Conforme Verruck, que foi à Bélgica junto com o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Arthur Falcette, integrando comitiva brasileira para tratar das restrições que passam a valer para produtos originários de áreas com desmatamento, surgiu a oportunidade de reunião com representantes de ONGs e autoridades da União Europeia e ele pôde exibir material sobre o Pantanal.
O Fundo Clima Pantanal foi criado pela Lei Estadual 6.160, votada no final de 2023 e que entrou em vigência no mês passado, sendo prevista uma capitalização inicial de R$ 40 milhões por parte do Governo. O secretário pontuou que há um interesse consolidado em relação à Amazônia e ao fundo para proteção da floresta e o que o Estado pretendeu foi demonstrar a iniciativa de proteção ao Pantanal, que também merece apoio internacional. Para isso, apresentou vídeo e prospectos em inglês, para que as pessoas soubessem mais sobre o Bioma e a riqueza de sua diversidade.
Verruck considerou a receptividade muito boa para essa primeira abordagem. “Foi uma percepção muito positiva”. Um dos aspectos que ele mencionou foi demonstrar a iniciativa da lei em restringir as possibilidades de desmatamento no Pantanal.
Sobre restrições que podem impactar produtores de carne e grãos no Estado diante da legislação da União Europeia a produtos de áreas com desmatamento, que foi o tema principal da viagem, ele considerou que o encontro permitiu descrever a realidade regional. Representantes de cadeias produtivas participaram da missão junto com autoridades do poder público.
O Estado deverá apresentar notas técnicas sobre as práticas agropecuárias. Segundo Verruck, o esforço é para demonstrar que o País se empenha em combater desmatamento ilegal e assegurar credibilidade com o mercado europeu, que é relevante para o Estado, conforme o secretário.
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