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Política

Grupo G6 da Câmara sofre primeira crise e passa a ter três parlamentares

Luciana Brazil e Jessica Benitez | 14/05/2013 13:27

Criado há 15 dias, o grupo independente de vereadores, intitulado como G6, já enfrenta a primeira crise e sofre racha na manhã de hoje. Inicialmente formado por seis parlamentares, o grupo foi reduzido com a saída dos vereadores Carlos Augusto Borges (PSB), o professor Carlão, Edson Shimabukuro (PTB) e Alceu Bueno (PSL).

Almejando tratativas com o prefeito Alcides Bernal (PP), continuam no bloco Paulo Siufi (PMDB), Paulo Pedra (PDT) e Jamal Salem (PR).

Durante a sessão desta terça-feira, o vereador Carlão ocupou a tribuna para anunciar o rompimento. Ele afirmou que houve muita especulação sobre o objetivo do grupo, como comentários de que o G6 tentava articular uma troca de favores com o prefeito.

“Não é esse objetivo. Vamos estar do lado do povo. Não quero cargo, nem secretaria, nem do Bernal, nem de ninguém. O meu partido é independente e não está de lado algum. Está do lado da população”.

Para Siufi, “forças ocultas estremeceram o grupo na semana passada. Faço parte do grupo independente do número de vereadores”. Siufi ainda frisou que a entrada no grupo não teve o objetivo de se beneficiar. “Não entrei no grupo para ter benefício e nunca deixei de representar o PMDB. Não estou contra o partido, mas estou a favor do povo de Campo Grande”.

A declaração citando as “forças ocultas” causou polêmica. A vereadora Grazielle Machado (PR) pediu que Paulo Siufi retirasse o argumento e admitisse que a saída de Carlão foi espontânea.

Siufi não retirou a afirmação por achar que suas palavras não foram ofensivas. E o vereador Carlão ficou irritado. “Respeito fossa excelência, mas poderia achar que forças ocultas operaram quando o senhor estava ao lado da vereadora Rose quando houve eleição para a mesa diretora e no outro dia foi para o lado do Mario (Cesar)”, disparou. Siufi e Rose negaram o ocorrido.

A saída do bloco para Alceu Bueno significou falta de regimento. “O grupo ficou sem consistência por não ser regimental. Saí porque regimentalmente o grupo não tinha forças”, afirmou, dizendo desconhecer forças ocultas.

O vereador Edson Shimabukuro (PTB) afirmou que o G6 tinha a intenção de provocar a governabilidade, mas não houve retorno do prefeito Alcides Bernal. “Teve intromissão de muita gente. Na verdade, o grupo deveria ser unido. Não pode haver interesse individual, acima da coletividade”.

Idealizado por Siufi, o bloco apresenta discursos distintos e é liderado por Paulo Pedra.

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