Guardas concursados e conselheiros eleitos protestaram na Câmara
Os dois grupos pediram apoio aos parlamentares para serem nomeados
Um grupo de candidatos aprovados para cargos da Guarda Civil Metropolitana foi à Câmara de Vereadores de Campo Grande nesta manhã, na última sessão do ano, pedir apoio para que sejam nomeados. Além deles, 15 pessoas eleitas em outubro como conselheiras tutelares também têm a mesma preocupação, já que a posse será em 10 de janeiro e não havia a previsão de que sejam incluídos, porque os três conselhos em que seriam lotados ainda não foram implantados.
Os aprovados em concurso apontaram que já havia uma promessa de nomeação. Eles apontaram que 96 pessoas passaram por curso de formação e outras 138 concluíram as etapas de seleção, faltando somente a qualificação. Um dos argumentos para a necessidade da nomeação é uma decisão judicial da semana passada, determinando que a Prefeitura pare de fazer contratações temporárias de vigilantes e coloque guardas civis para proteger o patrimônio público.
Não é primeira vez que os concursados levam essa pauta à Casa Legislativa. Eles já haviam protestado anteriormente e informaram que foi feita uma promessa de nomeações em outubro.
Conselheiros – Conselhos tutelares eleitos também foram à Câmara. Um grupo de 15 convive com a indefinição sobre a nomeação. Hoje, surgiu a informação de que poderiam assumir mesmo sem a criação dos três conselhos que faltam, com a distribuição entre os cinco conselhos já existentes e que já terão cinco conselheiros cada. Alguns são atuam nos conselhos e apontaram a falta de estrutura para abrigar todos os profissionais.
Gislaine Spessoto Soares Matoso, uma das eleitas dentro do grupo dos 15, disse que estava sem saber o que fazer, porque acreditava que seria concretizado o projeto dos novos conselhos. Raquel Lázaro, que já é conselheira e foi reeleita também entre as novas vagas, comenta que a criação das três unidades, já determinada pela Justiça, devia ser prioridade absoluta, para não ficar prejudicada a proteção de crianças e adolescentes. Ela apontou que o grupo foi eleito para realizar um trabalho e corria o risco de não ser nomeado.
Eles receberam o apoio da presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB, Maria Isabela Saldanha, que apontou a relevância do trabalho dos conselheiros e a necessidade de ampliar e aperfeiçoar a estrutura de atendimento. Ela foi crítica ao argumento do Município de que não haveria recurso suficiente para a criação de mais três conselhos, pontuando que a proteção da criança é uma prioridade constitucional. Lembrou que o problema não é novo, que se estende há anos.