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Política

Harfouche vai ao TSE contra indeferimento de candidatura à prefeitura

Candidato do Avante afirma ainda que continuará campanha, já que candidatura está mantida com a entrada do recurso

Nyelder Rodrigues | 12/11/2020 19:21
Membros do partido e aliados reunidos na coletiva de imprensa (Foto: Paulo Francis)
Membros do partido e aliados reunidos na coletiva de imprensa (Foto: Paulo Francis)

O candidato a prefeito de Campo Grande, Sérgio Harfouche (Avante), afirmou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12) que vai recorrer da decisão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) que indeferiu sua candidatura à prefeitura. O ato foi tomado por maioria de votos no colegiado, chegando a 5 a 1.

"Vamos seguir com a campanha, pois a candidatura está mantida", frisa Harfouche, que é procurador do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). "Já entramos com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral" para reverter essa decisão do TRE", explica o advogado do candidato, Vinícius Monteiro Paiva.

Durante a entrevista, Harfouche também ironizou adversários que estão afirmando que o voto nele não seria útil, frisando que o nome dele permanecerá na urna e os votos nele depositados serão válidos, já que ele apresentou recurso e só quando estiverem esgotadas as possibilidades jurídicas é que eles poderão ser considerados inválidos.

O imbróglio envolvendo o procurador começou quando seu registro de candidatura foi impugnado pelas chapas de Esacheu Nascimento (PP) e Marquinhos Trad (PSD) sob alegação de que ele deveria ter abdicado totalmente do cargo que ocupa no MP, e não apenas se licenciado, como ele fez nessas eleições.

Em contraponto, a defesa de Harfouche destacou decisão favorável em 2018, quando foi candidato a senador, e prosseguiu dizendo que como entrou no MPMS antes da lei usada para barrá-lo entrar em vigor, ela não incidiria em sua atual situação.

A questão caiu na mão do juiz eleitoral Roberto Ferreira Filho, que foi indicado pelo candidato como seu opositor, justificativa para pedir o afastamento dele o caso. Contudo, a solicitação foi negada e, logo depois, o juiz indeferiu a candidatura.

O caso subiu para a segunda instância do TRE, onde novamente foi avaliada, dessa vez por seis magistrados, sendo que apenas um foi favorável à candidatura, somando cinco votos contrário. Agora, resta ao procurador apenas o recurso no TSE, que deve ser julgado por órgão colegiado - a expectativa é que uma decisão saia só depois da votação.

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