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Política

João Amorim não se conforma com 2ª prisão só para prestar depoimento

Segundo advogado de defesa, empresário e sócia estão a disposição da Justiça e não há necessidade de detenção

Michel Faustino e Gerson Walber | 11/11/2015 15:18
O advogado de Amorim classificou prisão como desnecessário pelo fato do cliente sempre ter contribuído com a Justiça. (Foto: Gerson Walber)
O advogado de Amorim classificou prisão como desnecessário pelo fato do cliente sempre ter contribuído com a Justiça. (Foto: Gerson Walber)

O advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, que atua na defesa do empresário João Alberto Krampe Amorim e da secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, declarou na tarde de hoje (11) ao deixar a PGJ (Procuradoria Geral de Justiça), que o empreiteiro está inconformado com a prisão. Ele a classificou como desnecessária. Amorim e Elza estão entre as nove pessoas presas temporariamente na Operação Lama Asfáltica, acusadas de causar prejuízo de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais

Benedicto justificou a declaração afirmando que o cliente sempre esteve à disposição da Justiça e em nenhum momento deixou de comparecer para prestar quaisquer esclarecimentos, quando solicitado. O advogado entende que a decisão de manter não só Amorim, como os demais acusados presos, somente para prestarem novos depoimentos, inadmissível.

O advogado reitera dizendo que já entrou com o pedido de habeas corpus, mas que até o momento ainda não foi apreciado pela Justiça. A expectativa é de que o empresário seja solto a qualquer momento.

Esta é a segunda vez que o dono da Proteco é preso por determinação da Justiça. Na outra, ele ficou detido 34 horas na Operação Coffee Break, que apura suposta compra de votos de vereadores para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP) em 12 de março de 2014.

Prisões - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pela força tarefa da Operação Lama Asfáltica, do MPE (Ministério Público Estadual) que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. A operação de hoje ocorre em decorrência de uma irregularidade constatada no revestimento primário na MS-228, numa extensão de 42 quilômetros.

Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os engenheiros Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.

Habeas corpus - O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus. A ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, também teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça.

Depoimentos – Na tarde desta quarta-feira (11) estão sendo ouvidos pelo MPE, a secretária e sócia da Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, e o diretor da empresa, Rômulo Tadeu Menossi.

Ontem, os promotores ouviram os engenheiros Maxwell Thomé Gomez e Átila Garcia Tiago de Souza, que são chefes das unidades regionais da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

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