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Política

Sob sigilo, MPE volta a ouvir envolvidos em esquema que desviou R$2,9 milhões

Michel Faustino | 11/11/2015 13:45
 Maxwell Thomé Gomez (camisa azul) chegou na PGJ  escoltado por dois policiais . (Foto: Fernando Antunes)
Maxwell Thomé Gomez (camisa azul) chegou na PGJ escoltado por dois policiais . (Foto: Fernando Antunes)

O MPE (Ministério Público Estadual) volta a ouvir nesta quarta-feira (11) as pessoas presas temporariamente na Operação Lama Asfáltica, acusadas de causar prejuízo de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais. Diferente do que foi informado pela assessoria do MPE, o Campo Grande News apurou que, além de Maxwell Thomé Gomez, o engenheiro Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, também foi ouvido na PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) na tarde de ontem (10).

A informação da assessoria de imprensa do órgão é de que a ordem dos depoimentos está sendo mantida em sigilo à pedido dos promotores da força-tarefa. No entanto, conforme apurado junto a fontes ligadas ao MPE, a expectativa é de que mais duas pessoas sejam ouvidas na tarde desta terça-feira, entre elas a operadora financeira da organização comandada pelo empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, que cumpre prisão domiciliar em virtude de uma gravidez de risco.

Sócia de João Amorim, Elza Amaral aparece em várias escutas telefônicas da Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica, falando de assuntos de interesse da organização. As interceptações telefônicas foram feitas pela PF com autorização da Justiça Federal. De acordo com as investigações da Lama Asfáltica, ela seria a responsável pelo pagamento de propina e o código usado pelo grupo era “cafezinho”.

Prisões - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pela força tarefa da Operação Lama Asfáltica, do MPE (Ministério Público Estadual) que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. A operação de hoje ocorre em decorrência de uma irregularidade constatada no revestimento primário na MS-228, numa extensão de 42 quilômetros.

Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o ex-presidente do órgão, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, os engenheiros Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi e o ex-deputado estadual Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano.

Habeas corpus - O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus. A ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, também teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça.

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