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Política

Juiz cita exemplo de Riedel e pede união entre prefeita e vereadores eleitos

Durante cerimônia de diplomação, magistrado pediu harmonia entre poderes e foco no bem-estar social

Por Jhefferson Gamarra e Fernanda Palheta | 18/12/2024 21:30
Juiz eleitoral Ariovaldo Corrêa, da 36ª Zona Eleitoral que conduziu a cerimônia de diplomação (Foto: Juliano Almeida)
Juiz eleitoral Ariovaldo Corrêa, da 36ª Zona Eleitoral que conduziu a cerimônia de diplomação (Foto: Juliano Almeida)

Em discurso firme e repleto de mensagens, o juiz Ariovaldo Corrêa, da 36ª Zona Eleitoral e o mais antigo entre os magistrados da Corte Eleitoral do Mato Grosso do Sul, conduziu na noite desta quarta-feira (18) a solenidade de diplomação dos eleitos de Campo Grande. O evento ocorreu no plenário do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) e foi marcado por um apelo à harmonia entre a prefeita e os vereadores eleitos, com foco na superação de desafios e na promoção do bem-estar social.

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O juiz Ariovaldo Corrêa, da 36ª Zona Eleitoral de Mato Grosso do Sul, conduziu a diplomação dos eleitos de Campo Grande, fazendo um apelo à harmonia entre a prefeita e os vereadores. Em seu discurso, ele enfatizou a necessidade de superar divergências ideológicas e o revanchismo político, buscando a construção de um espaço público plural e inclusivo, onde a participação da sociedade seja priorizada, especialmente em relação aos mais vulneráveis. O juiz utilizou o exemplo do governador Eduardo Riedel para ilustrar a importância da inclusão de diferentes segmentos na gestão pública.

“Os desafios são enormes, as demandas são gigantes e estão sempre em crescimento. Até a eleição e após, há vencedores e vencidos. Após a posse, cada um, embora representando determinado segmento da sociedade, especialmente vereadores, irão enfrentar demandas que são de toda a sociedade campo-grandense e não apenas de grupos”, afirmou o magistrado.

Durante sua fala, o juiz destacou a necessidade de deixar de lado bandeiras ideológicas e o revanchismo político, apontando que o poder público deve ser um espaço plural, onde diferentes segmentos da sociedade possam ser ouvidos e representados. Para reforçar seu argumento, citou o exemplo do governador Eduardo Riedel (PSDB), que, segundo o magistrado, abriu as portas de sua gestão para representantes de diversos grupos e segmentos sociais, mesmo tendo origem em um setor específico.

“Cito aqui o exemplo do governador desse estado, que mesmo vindo de determinado segmento, abriu espaço em sua gestão para vários grupos e segmentos da sociedade sul-mato-grossense, como quem entende a gestão pública como algo que exige participação da sociedade como um todo. Eu não conheço e nunca tive contato com o atual governador, é a visão que eu tenho”, exemplificou o magistrado.

O juiz enfatizou ainda que a pluralidade de pensamentos é essencial para o avanço da sociedade, mas alertou que as divergências ideológicas não podem se transformar em motivos de desavenças e disseminação de ódio. “Divergência política e ideológica existem e devem existir para melhorar os valores da sociedade, como foi dito aqui. Mas jamais para estimular ódio e desavenças. A política é destinada a regular os conflitos sociais. É uma arte de construir relações, jamais de destruir”, frisou.

Nascido em criado na Capital, o juiz também fez questão de se colocar como um "campo-grandense raiz" ao falar diretamente com os diplomados. Ele desejou que Deus inspire cada um dos eleitos a priorizar os mais vulneráveis e aqueles que mais sofrem com a ausência do poder público.

“Proferir discurso não é, seguramente, o meu espaço de atuação, mas não podia fugir da responsabilidade de se manifestar após concluído este processo eleitoral. Senhoras e senhores, eleitos e diplomados, agora quem fala neste momento é um campo-grandense raiz. Que Deus os inspire a fazerem o melhor para essa cidade, com um olhar especial para os mais vulneráveis, aqueles que mais sofrem com a ausência da atuação do poder público. É o que sinceramente desejo. Sucesso a todas e a todos”, concluiu.

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