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Política

Juiz ordena buscas em nova “central de fake news” contra Reinaldo

Ação ocorre seis dias depois de outro endereço ser visitado diante de acusação semelhante, onde computadores foram apreendidos

Humberto Marques e Liniker Ribeiro | 25/10/2018 16:26
Endereço citado em denúncia é conjunto de salas comerciais no São Francisco; vizinho confirmou presença de viatura da PF. (Foto: Paulo Francis)
Endereço citado em denúncia é conjunto de salas comerciais no São Francisco; vizinho confirmou presença de viatura da PF. (Foto: Paulo Francis)

O juiz Paulo Alberto de Oliveira, da 8ª Vara Cível de Campo Grande, autorizou nesta quinta-feira (25) nova ação de busca e apreensão de computadores a fim de investigar a instalação de uma nova “central de fake news” organizada pela campanha do candidato Odilon de Oliveira (PDT) contra o atual governador e concorrente à reeleição, Reinaldo Azambuja (PSDB). Foram apreendidos computadores e materiais em um sobrado na rua Dolor Ferreira de Andrade, no São Francisco.

A decisão foi expedida seis dias depois de uma primeira denúncia apontar que outro endereço, na mesma região, era usado para abrigar a produção de material difamatório contra Reinaldo –foi apreendido computador em endereço na rua 14 de Julho relacionado ao publicitário Paulo Cabral, que negou a prática.

Desta vez, conforme despacho do juiz, a coligação Avançar com Responsabilidade, de Reinaldo, apresentou novo pedido de providências alegando que chegou ao seu conhecimento a “elaboração de material digital e impresso falso (fake news) por pessoas ligadas à campanha do candidato ao governo do Estado, Odilon de Oliveira, com o objetivo de deturpar a imagem” do tucano.

Conforme a nova denúncia, depois do cumprimento, em 19 de outubro, do primeiro mandado de busca e apreensão na rua 14 de Julho, o “grupo” responsável pela elaboração do material foi realocado em um sobrado na rua Dolor Ferreira de Andrade, no qual aplicavam a mesma forma de atuação descrita na denúncia anterior –“elaboração de material falso, repasse a terceiros para compartilhamento, deletando o conteúdo após a divulgação, visando ocultação de provas”. Por isso, mais uma vez foi solicitada a apreensão de materiais impressos e computadores a fim de comprovar os fatos, bem como realização de perícia em computadores que vierem a ser apreendidos.

Assim como da primeira vez, o juiz eleitoral informou, mesmo diante da falta de provas dos materiais, ter autoridade para determinar diligências para averiguar os fatos e inibir eventiais práticas ilegais. Foi determinado que o oficial de Justiça cumprisse mandado de constatação e busca e apreensão de materiais impressos e computadores.

A decisão do juiz foi expedida na quarta-feira (24) e executada por volta das 12h30 desta quinta. A reportagem esteve nesta tarde no endereço citado, que abrigaria um conjunto de salas comerciais e se encontrava fechado –sem nenhuma identificação de materiais de campanha. Um vizinho confirmou a presença de viatura da Polícia Federal no local. Até o momento, porém, não há confirmação sobre apreensões por parte do Judiciário.

A reportagem contatou a assessoria da campanha de Odilon e aguarda posicionamento sobre a denúncia.

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