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Política

Justiça Eleitoral suspende divulgação de pesquisa em Dourados

Contudo, diretor do instituto autor da pesquisa afirma que a mesma já estava cancelada

Nyelder Rodrigues e Helio de Freitas, de Dourados | 04/11/2020 18:47

A Justiça Eleitoral suspendeu a divulgação de pesquisa realizada pelo Ibrape (Instituto Brasileiro de Pesquisa de Opinião Pública) após o a coligação encabeçada pelo deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), reclamar do formulário. O instituto contesta a decisão e diz que a pesquisa sequer foi feita, sendo cancelada.

Primeiro, a chapa reclama que a pesquisa não indica os bairros em que aconteceu. Depois, ainda relata que o questionário apresentado aos eleitores em pesquisa apresentou irregularidades, como o nome de seis candidatos aparecendo em azul e o de Alan Guedes (PP) em preto, o destacando diante dos demais.

"Em análise preliminar, os impugnantes alegam que a pesquisa não delimitou os bairros de Dourados onde a coleta será realizada, o que não impede a pesquisa", destaca a decisão do juiz César de Souza Lima, completando ainda que a empresa que realiza a pesquisa pode complementar o registro com os bairros posteriormente.

Entretanto, o magistrado confirma que não foram informados na pesquisa como o controle e verificação da coleta de dados e trabalho de campo foram feitos, ato que evitaria fraudes no processo. "Verifica-se a probabilidade do direito para concessão de uma tutela de urgência, pois há existência de prova inequívoca", destaca Lima.

Outro lado - Em contato da reportagem com o diretor do Ibrape, Paulo Catanante, ele explicou que a pesquisa já havia sido cancelada no próprio sistema do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e estranhou a decisão, a considerando já sem sentido.

"A Justiça comeu barriga aí. Essa pesquisa não foi divulgada e nem será, pois ela não foi realizada. Informei isso no formulário. Ela é do dia 28 e outra mais recente com os dados coletados já foi realizada e foi registrada, pois fazemos pesquisas toda semana. A decisão foi para uma pesquisa que sequer foi feita", explica Catanante.

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