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Política

Lula deixa UTI e segue em cuidados semi-intensivos

Presidente apresenta boa evolução e segue sem sequelas neurológicas

Por Jhefferson Gamarra | 13/12/2024 13:15


RESUMO

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou a UTI e está em cuidados semi-intensivos no Hospital Sírio-Libanês, após ser submetido a uma cirurgia de trepanação craniana devido a uma hemorragia cerebral causada por um acidente doméstico. Ele se recupera bem, sem sinais de sequelas neurológicas, e deve receber alta entre os dias 16 e 18 de dezembro. Lula, que já passou por outros procedimentos médicos, expressou gratidão pelas mensagens de apoio e reafirmou seu desejo de continuar ativo na política, visando a reeleição em 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e agora está sob cuidados semi-intensivos no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (13) por meio de um boletim médico assinado pelos diretores do hospital. Segundo o comunicado, o presidente “segue lúcido e orientado, alimentou-se normalmente e realizou caminhada pelos corredores”.

Horas depois da divulgação, o presidente publicou um vídeo nas redes sociais caminhando pelos corredores do hospital ao lado do neurocirurgião que acompanha os procedimentos. Lula aproveitou para agradecer as orações e mensagens de carinho recebidas.

"Agradeço por cada oração e palavra de conforto que recebi nos últimos dias. Janjinha me repassou todos os recados. Peço que fiquem tranquilos. Estou firme e forte! Andando pelos corredores com Marcos Stavale, o neurocirurgião responsável pelo meu procedimento, conversando bastante, me alimentando bem e, em breve, pronto para voltar para casa e seguir trabalhando e cuidando de cada família brasileira", publicou o presidente Lula.

Lula, de 79 anos, foi submetido a uma série de procedimentos médicos nos últimos dias, após ser diagnosticado com uma hemorragia cerebral decorrente de um acidente doméstico. A internação emergencial ocorreu na noite de segunda-feira (9), quando o presidente relatou dores de cabeça durante uma reunião no Palácio do Planalto com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele foi levado para o Sírio-Libanês de Brasília e, após exames de tomografia e ressonância magnética, decidiu-se pela transferência para São Paulo, onde chegou às 0h24 de terça-feira (10).

Na madrugada do dia 10, Lula passou por uma cirurgia de trepanação craniana, procedimento que consiste na realização de dois furos no crânio para drenagem de sangue. A operação durou cerca de três horas e, segundo a equipe médica, não deixou sequelas neurológicas no presidente. O dreno, instalado para evitar novos sangramentos, foi retirado na noite de quinta-feira (12) sem intercorrências.

Ainda na manhã de quinta-feira (12), Lula passou por um novo procedimento médico: a embolização de uma artéria meníngea média, que tem cerca de 1 milímetro de diâmetro. O médico Roberto Kalil Filho explicou que o objetivo foi interromper o fluxo sanguíneo para reduzir o risco de novos sangramentos. O cateter foi utilizado para aplicar uma substância química com consistência de gelatina, e a intervenção foi considerada bem-sucedida.

A equipe médica que acompanha o presidente declarou que Lula segue em boa evolução, sem sinais de sequelas neurológicas. O prognóstico é de que ele receba alta no início da próxima semana, entre os dias 16 e 18 de dezembro. Mesmo após a alta, é esperado que o presidente siga em acompanhamento médico constante.

A internação atual é mais um episódio na história recente de cuidados médicos de Lula. Em outubro de 2024, o presidente sofreu um acidente doméstico enquanto cortava a unha do pé, o que teria provocado a hemorragia intracraniana que resultou na necessidade de cirurgia. No ano anterior, em 2023, Lula passou por uma cirurgia para implantar uma prótese na junção do osso do fêmur com o quadril e também fez uma blefaroplastia para retirada de excesso de pele ao redor dos olhos.

A saúde do presidente é um tema sensível no contexto político, considerando sua idade e as eleições presidenciais de 2026. Lula, que terá 81 anos ao final do mandato, já sinalizou o desejo de disputar a reeleição. Em ocasiões públicas, costuma dizer que tem “70 anos, energia de 30 e tesão de 20”, frase que reforça sua pretensão de permanecer na cena política por mais tempo.

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