Marquinhos aguarda definir meio e data para sair do PMDB
O deputado estadual Marquinhos Trad afirmou na tarde de hoje (23) em visita ao jornal Campo Grande News, que pretende deixar o PMDB, no entanto, deve aguardar a abertura da “janela” de 30 dias, que está sendo discutida dentro da reforma política, para oficializar sua saída e trocar de legenda.
Segundo o deputado, a outra alternativa seria judicializar o processo de desfiliação, mas incorre o risco de haver desgastes, além da possibilidade de responder por infidelidade partidária. Caso aprovada pelo Senado, a “janela” dará um prazo de 30 dias para os políticos insatisfeitos troquem de legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade.
“Estamos aguardando estas definições para decidir. Tem a possibilidade pela reforma política, pela janela, e também a judicialização, mas não quero chegar a este ponto. Prefiro sair pela janela, para uma legenda nova. E creio que tudo será feito através de um diálogo”, disse.
De acordo com Marquinhos, atualmente, o seu nome vem sofrendo rejeição dentro do partido, o que por sua vez , inviabiliza sua permanência e “não lhe dá escolhas”.
“Na atual conjuntura eu acredito que não tem outro caminho, eles não me querem. E não adianta me lançar (candidato) e fazer como fizeram como o Nelsinho (Trad), eu não quero isso”, comentou.
Questionado sobre possibilidade de disputar a prefeitura de Campo Grande nas próximas eleições, o deputado afirma, que por enquanto, se considera "sem partido para o pleito", mas “flerta” com outras siglas, inclusive com o PSDB, do governador Reinaldo Azambuja.
“Estamos dialogando e buscando conversar. Eu tenho uma proximidade muito grande com o governador (Reinaldo Azambuja), inclusive realizamos algumas atividades parlamentares juntos, e temos um dialogo bom, mas tudo ainda é prematuro. Além disso, estamos conversando com o PSD também”, completou.
Janela – A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que cria a “janela” de 30 dias para que os políticos insatisfeitos troquem de legenda sem perder o mandato por infidelidade, foi aprovada, em primeiro turno, na Câmara de Deputados no dia 17 deste mês. De acordo com a proposta, a janela será aberta após a promulgação da emenda. Isso só acontecerá se a Câmara aprovar novamente o texto em uma segunda votação e se ele for mantido pelo Senado.