Marun troca ministério por cargo de conselheiro de Itaipu até 2020
Apesar de gaúcho, o ex-ministro fez toda sua carreira em Mato Grosso do Sul
Carlos Marun (MDB) foi exonerado do cargo de ministro e nomeado para conselheiro de Itaipu Binacional, hidrelétrica no Paraná administrada por Brasil e Paraguai. A mudança acontece no último dia do governo Michel Temer (MDB), presidente que teve em Marun aliado de primeira hora, atuando principalmente no arquivamento de denúncias.
A mudança foi publicada na edição de hoje (dia 31) do Diário Oficial da União. Primeiro, Temer exonerou Marun do cargo de ministro chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, pasta responsável pela articulação política. Na sequência, o nomeou para a função de conselheiro da Itaipu Binacional, com mandato até 16 de maio de 2020.
Carreira - Nascido em Porto Alegre (RS) em 21 de novembro de 1960, Marun é engenheiro civil formado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e advogado formado na Unaes (Centro Universitário de Campo Grande), tendo o ex-governador André Puccinelli (MDB) como principal aliado.
Iniciou a carreira política ao assumir em 1997 o cargo de secretário municipal de Assuntos Fundiários. No ano seguinte, passou a ocupar o posto de diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação), ficando até 2004. Marun também foi deputado estadual e federal. Ele assumiu o ministério em 15 de dezembro de 2017. A reportagem não conseguiu contato com Marun nesta segunda-feira.
Remuneração - No ano passado, quando Temer nomeou Samantha Ribeiro Meyer, ex-esposa de Gilmar Mendes, ministro do STF (Superior Tribunal Federal), para uma das vagas do conselho de Itaipu, foi divulgado que a remuneração era de R$ 27 mil. O conselho tem seis representantes brasileiros e seis indicados pelo governo do Paraguai. (Matéria editada às 9h25 para acréscimo de informação).