Mesmo sem janela, dois deputados podem trocar de partido em 2020
Parlamentares buscaram aval da Justiça Eleitoral para não perderem seus mandatos na Assembleia
Mesmo sem participar da janela partidária, dois deputados estaduais pretendem trocar de partido neste ano, na Assembleia. Jamilson Name (sem partido) e Carlos Alberto David (PSL) entraram em conflito com a direção de suas respectivas legendas e buscaram aval da Justiça Eleitoral, para trocar de sigla, sem perder o mandato.
Jamilson já conseguiu a liberação e desde o ano passado se desligou do PDT, no entanto ainda não definiu para que partido irá seguir. Ele alega que recebeu convites de outras agremiações, no entanto ainda não “bateu o martelo”. O seu impasse foi com o presidente regional do PDT, o deputado federal Dagoberto Nogueira.
Depois de troca de farpas e acusações, Jamilson entrou com ação no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de MS), alegando “justa causa”, conseguindo no final de novembro (2019) o aval para deixar a legenda, sem perder o mandato. O novo destino deve ser sacramentado neste semestre.
Já Carlos Alberto David ainda aguarda uma decisão do TRE-MS, para deixar o PSL. Ele também alega “perseguição política” da atual direção estadual do partido. Ele já participa dos eventos do “Aliança pelo Brasil”, partido que está sendo criado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os dois parlamentares buscam aval da Justiça Eleitoral, porque não podem participar da janela partidária, que será aberta de 5 de março a 3 de abril. Ela estará disponível apenas aos vereadores, já que este ano as eleições são municipais.
Composição – As mudanças (partidos) não vaão mexer na composição da Assembleia, já que lá a divisão dos grupos é feito por blocos partidários, que indicam seus representantes para comissões, CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) e grupos sociais. A única bancada formada é do PSDB, com cinco integrantes.
Depois de algumas trocas e saídas, os dois blocos da Assembleia (G-10 e G-8), continuam indicando dois representantes para cada comissão. Por enquanto apenas João Henrique Catan (PL) está fora dos grupos partidários. Ele resolveu deixar o G-10, após não ser indicado para CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Redação).