MS volta a eleger mulheres para a Assembleia, desta vez com campeã de votos
A primeira formação da Casa de Leis foi em 1979, mas mulheres só chegaram ao poder em 1987
Mato Grosso do Sul voltou a eleger mulheres deputadas estaduais, desta vez com recorde para Mara Caseiro (PSDB), eleita com 49.512 votos. Lia Nogueira (PSDB) ficou com a segunda cadeira e recebeu 15.155 votos.
Na eleição de 2018, nenhuma candidata foi eleita. O parlamento só votou a ter deputada em 2021 e numa passagem trágica. A morte de Onevan de Matos por covid abriu vaga para Mara, que até então comandava a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
Em 2022, do total de candidaturas a deputado estadual, o quadro foi de 253 homens e 136 mulheres.
Campeã de votos, Mara ingressou na política em 1992 como candidata a vice-prefeita de Eldorado. No ano 2000, foi eleita prefeita de Eldorado. Mara acompanhou a apuração dos votos em Eldorado e a reportagem não conseguiu contato neste domingo.
Lia Nogueira é jornalista e vereadora em Dourados. "Foi na raça, no suor, mas Mato Grosso do Sul abraçou a ideia, principalmente Dourados. Lugar de mulher é onde ela quiser, assumir o espaço de poder na política. A primeira douradente de fato eleita, só gratidão", afirmou ao Campo Grande News.
Uma linha do tempo das legislaturas evidencia a dificuldade para mulheres serem eleitas na Assembleia Legislativa, que tem 24 vagas.
A primeira formação foi em 1979, mas mulheres só chegaram ao poder em 1987, quando foram empossadas Marilene Coimbra e Marilu Guimarães. No ano de 1995, uma deputada tomou posse: Celina Jallad, que foi reeleita para o mandato seguinte.
No ano de 2003, a Casa de Leis tinha duas deputadas: Celina e Simone Tebet. Elas permaneceram até 2007. No ano seguinte, somente Dione Hashioka se elegeu, mas Celina Jallad assumiu durante a legislatura. Na sequência, a Casa de Leis teve apenas duas deputadas: Dione Hashioka e Mara Caseiro.
Em 2014, foram três eleitas, um recorde: Grazielle Machado, Mara Caseiro e Antonieta Amorim.