Muitos contratos serão auditados, diz Marquinhos sobre 'herança Bernal'
O prefeito eleito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), sinalizou que irá acolher a dica co TCE (Tribunal de Contas Estadual) para fazer uma varredura nos contratos do município assim que assumir o Executivo em 2017. “Com certeza, muitos deles vão ser auditados”, afirmou nesta quarta-feira (30).
Para o futuro gestor da Capital, a dica tem peso e merece ser considerada por ter vindo da Corte Fiscal. Ela foi dada pelo presidente do órgão de controle, Waldir Neves, que notou uma série de equívocos nas contas da prefeitura.
Sem citar detalhes, o presidente da corte fiscal afirmou, em entrevista no dia 28 de novembro, que a situação da Capital é “muito complicada”. “São muitos erros, que, inclusive, comprometedores do ponto de vista legal. Campo Grande tem uma situação muito complicada e um cenário difícil para o novo prefeito. Marquinhos vai precisar de austeridade, eu aconselharia fazer uma auditoria e suspender os contratos vigentes para análise”.
Impasses e polêmicas – Sobre a tarifa de ônibus, que deve subir na cidade pela correção inflacionária, Marquinhos afirmou que irá analisar o caso quando tiver assumido o município.
“O atual prefeito tinha dito que não haveria majoração. Agora vi ele dizendo que pode haver reposição da inflação, pois tem previsão contratual. Se for disposição do contrato, então vamos avaliar”, adiantou o prefeito eleito.
Trad disse ainda que pediu a Bernal que encaminhasse, antes de sair do cargo, a licitação para compra do kit escolar, que contém uniformes e materiais. “Cabe a nós pedir e ele agir. A partir de 1º de janeiro, se não for feita essa licitação, vamos correr atrás”, disse.
O futuro gestor também declarou que pretende cumprir decisão da Justiça sobre o reajuste dos servidores e afirmou que a equipe de transição está levantando o valor que a prefeitura tem disponível em caixa.
A prefeitura terminou outubro com R$ 474 milhões em caixa. Porém, ao longo do ano só executou 10% dos investimentos programados para 2016. Ou seja, em dez meses, pagou R$ 31 milhões dos R$ 320 milhões que previu que gastaria ao longo do ano, enquanto fica com recursos parados nos cofres.