Murilo conversa com André e admite disputar o governo do Estado
Murilo Zauith (PSB) está caminhando para se tornar a terceira via na sucessão de André Puccinelli (PMDB). Ontem os dois conversaram longamente sobre o projeto. O prefeito de Dourados ficou entusiasmado e admite sua candidatura ao governo do Estado este ano.
Ao Campo Grande News, Murilo relevou que a conversa com André não foi definitiva, mas foi dado passo importante no sentido da candidatura e que outros encontros estão agendados com o próprio governador e com partidos que eventualmente possam participar do seu projeto político.
O prefeito de Dourados não diz abertamente, mas deixa transparecer que só será candidato se tiver o aval de Puccinelli, de quem foi vice no mandato anterior do peemedebista e mantém, até hoje, relação de fidelidade.
Murilo acha que é possível atrair, para o seu projeto, o PSDB do deputado federal Reinaldo Azambuja, que tem dificuldades, nacionais, para ficar com o PT e, pessoais, para se aliar ao governador André Puccinelli, num palanque da candidatura do ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho.
Uma eventual candidatura de Zauith atende interesse também da direção nacional do seu partido, que passaria a ter palanque próprio no Estado para o presidenciável Eduardo Campos. O governador de Pernambuco tem insistido para que o prefeito de Dourados seja candidato ao governo.
Murilo Zauith governar a segunda maior cidade do Estado. Dourados tem pouco mais de 190 mil habitantes e 145 mil eleitores. Em 2010, o prefeito de Dourados se candidatou ao Senado e obteve 512 mil votos, ficando em terceiro, na disputa por duas vezes. Perdeu para o senador Waldemir Moka (PMDB) por pouco mais de 32 mil votos.
O projeto do prefeito douradense atende parcela do PMDB, principalmente de Dourados, que veria a ascensão do vice-prefeito Odilon Azambuja, filiado ao partido, ao comando da cidade. Em Dourados, lideranças próximas a Murilo não tem dúvidas de que ele renuncia para ser candidato em outubro numa chapa majoritária. Falta definir se ao Governo ou ao Senado.