Na "casa" de Simone, MDB não exigirá apoio exclusivo para presidenciável
Para compor coligação e apoio à candidato ao governo, voto em outros nomes nacionais serão respeitados
A pré-candidatura de Simone Tebet (MDB) a presidência da República não terá apoio unânime de integrantes da campanha do pré-candidato ao governo do Estado pelo partido, André Puccinelli (MDB).
A ‘liberação' veio após reunião entre o presidente nacional da sigla, deputado federal Baleia Rossi (MDB), o próprio Puccinelli e o ex-ministro e conselheiro político da campanha da Simone, Carlos Marun.
De acordo com Marun, a candidata do MDB de Mato Grosso do Sul à presidência é Simone, mas o partido irá respeitar virtuais opiniões contrários de quem caminhará junto com André. “Podemos ter na nossa coligação partidos e pessoas que terão outras preferências. Esses serão respeitados. Não vamos expulsar do nosso palanque quem pense diferente nesse sentido de eleição presidencial”, explicou.
Dentre essas possibilidades está o Solidariedade que a nível nacional apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O Solidariedade já está conosco. Estamos conversando com o PTB que a nível nacional apoia a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).”
A reportagem tentou contato com o presidente estadual da sigla, Junior Mochi e com o próprio pré-candidato ao governo André Puccinelli. Ambos estão em agenda em São Gabriel do Oeste.
Apenas o ex-governador se posicionou com a seguinte nota: "Foi excelente a conversa que eu e o ex-ministro Carlos Marun tivemos com o presidente do MDB Nacional, Baleia Rossi. Tratamos sobre o apoio do partido a todos os componentes aqui no Mato Grosso do Sul. Também discutimos a definição do palanque e a apresentação da pré-candidata à Presidência da República e a minha pré-candidatura ao Governo do Estado. O presidente Baleia Rossi reforçou mais uma vez o apoio total do partido à minha pré-candidatura, que será confirmada na convenção no próximo mês."
A senadora Simone Tebet (MDB) disse que não iria comentar o assunto. Ela recomendou que tratasse do tema com o próprio Marun. Internamente, correntes dentro do partido confirmam que a situação da falta de apoio unânime da pré-candidata à presidência no próprio Estado é reflexo da decisão dela no passado. Simone não aceitou concorrer ao governo em 2017, após prisão de Puccinelli.
***Matéria alterada às 12h02 para acréscimo de informações.