Nacional do PDT nomeia comissão provisória para dirigir o partido em MS
Decisões internas do partido em Mato Grosso do Sul criaram a necessidade de comissão provisória
O dilema do deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), de ter deixado o PDT após 31 anos de história, terminou em uma crise interna no diretório regional. A saída do principal líder no Estado da legenda obrigou ontem (18) a nacional decidir nomear uma comissão provisória para comandar a sigla, em pleno ano eleitoral.
"O (Carlos) Lupi está brabo porque o Dagoberto não só deixou o partido, mas levou 11 pré-candidatos da chapa para federal que tínhamos. Ele ainda não me ligou e eu também não fui falar com ele, mas a posição do PDT nacional será de nomear cinco nomes para comandar o partido aqui", explicou o presidente interino, João Leite Schmidt.
Apesar de não ter conseguido formar chapa para federal, o principal motivo da saída de Dagoberto, o PDT já tem 25 pré-candidatos a deputado estadual e mantém o nome de Ciro Gomes como pré-candidato a presidente da República. "Temos o compromisso com o Ciro e é muito bom ter um palanque no Estado se for confirmar o apoio do pré-candidato a governo Eduardo Riedel (PSDB). Vamos dividir, a política é a arte de conviver", ponderou Schmidt.
O deputado federal lamentou a situação. "Não dei conta de formar uma chapa. Eles ficaram inconformados com minha saída. Era normal que acontecesse essa nomeação de uma nova comissão provisória. Acabou nosso prazo ontem. Mas essa crise está mais na imprensa, do que no PDT", alegou Dagoberto.
Ele voltou a dizer que tentou de todas as formas formar a chapa para deputado federal pelo PDT, mas três nomes desistiram no último dia e ele achou melhor liberar os demais que aguardavam. "Infelizmente, a gente não consegue fazer tudo que quer. Mas meu acordo para ir ao PSDB passava pela campanha do Ciro no Estado."
A reportagem entrou em contato com o o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, mas ele não atendeu as ligações e nem respondeu as mensagens.