Oito defensores disputam órgão com orçamento anual de R$ 115 milhões
Oito defensores públicos disputam a eleição para o cargo de defensor público-geral, que vai conduzir durante dois anos o órgão, que possui receita anual de R$ 115 milhões. A votação acontece hoje das 8h até às 18h, sendo que a apuração está prevista para durar 30 minutos, após a votação. Os três primeiros colocados integrarão a “lista tríplice”, que será enviada governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que fará a escolha.
Cerca de 173 defensores públicos de todo Estado estão aptos a votar, sendo que cada um pode escolher três candidatos, com a opção de optar no mínimo por dois que estivem concorrendo ao cargo. O novo defensor público-geral terá mandato de dois anos, podendo ter uma recondução ao cargo.
Para participar deste pleito era preciso ter mais de 35 anos e estar estável na carreira como defensor público. Eles tiveram 30 dias de campanha para conversar com os colegas e propor discussões. Durante este período não foi realizado debates ou apresentações dos candidatos, cada um procurou fazer suas próprias movimentações.
Esta será a terceira vez em 34 anos de história, que a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul vai realizar a eleição democrática e compor a lista tríplice. Até 2011, apenas os defensores de segunda instância podiam se candidatar, agora resta apenas cumprir os critérios citados acima.
Depois do resultado da eleição, a diretoria faz uma reunião e envia esta lista para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que tem 15 dias para decidir sobre o cargo. O atual defensor-geral, Paulo André Defante, ponderou que na maioria dos casos a escolha é feita pelo candidato que obteve mais votos na eleição.
“Desde 2011 ampliamos este espaço a todos os defensores que desejam participar do pleito, nossos trabalhos tiveram um aumento significativo nos últimos anos, por isso a eleição é muito importante, por exemplo, em 2011 fizemos 200 mil atendimentos e em 2014 foram 331 mil”, ressaltou Defante.
De acordo com ele, a atual gestão investiu na estruturação do trabalho e que neste momento está aberto um concurso para 35 defensores, já que existem 92 cargos vagos. “Tivemos ações para termos locais mais adequados e suporte tecnológico, são 173 defensores e aproximadamente 300 servidores”.
Candidatos – Oito defensores estão concorrendo ao cargo principal da Defensoria em Mato Grosso do Sul, entre eles estão: Almir Silva Paixão, Carmen Silvia Almeida Garcia, Helkis Clark Ghizzi, João Miguel de Souza, Juliana Cláudia Honório Lyrio, Luciano Montalli, Olga Lemos Cardoso de Marco e Reginaldo Marinho da Silva.
João Miguel, defensor há 19 anos, ressaltou que vai lutar pela valorização da categoria e na defesa de seus direitos. Já Olga Lemos disse que tem duas metas, a primeira é valorizar direitos que estão sendo diminuídos e a segunda melhorar a estrutura física das comarcas.
Juliana Cláudia Honório, 11 anos como defensora, quer política de fortalecimento da instituição. O candidato Helkis Clark, que está na função por 11 anos, busca a união dos membros da instituição, assim como a elaboração de novos concursos, para suprir os cargos vagos.
Para Carmem Silva de Almeida, 16 anos como defensora, deve se melhorar a parte estrutural da Defensoria, com prioridade no atendimento de qualidade ao público. Já Luciano Montalli, 16 anos na função, lembrou que este trabalho é destinado a população mais carente e que a estrutura precisa estar completa. Ele também citou a conclusão do concurso que está em andamento.
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