Pagamento de duas parcelas de abono injeta R$ 16 milhões na economia
Cerca de 40 mil servidores estaduais receberam nesta quarta-feira (1º) duas parcelas de abono salarial de R$ 200,00, que representa injeção de aproximadamente R$ 16 milhões na economia, considerando que o pagamento foi referentes aos meses de abril e maio. Segundo o secretário de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, Mato Grosso do Sul é único estado no país a estar confortável com o funcionalismo por conceder reajuste e pagar os vencimentos em dia.
De acordo com o secretário, as negociações com as 47 categorias iniciaram ainda em 2015 e se intensificaram nos meses de março e abril, em razão de o mês da data-base acontecer em maio. Ainda assim, Carlos Alberto disse, durante entrevista coletiva na Governadoria, que o diálogo com alguns setores continua aberto.
Carlos Alberto de Assis explicou que o abono de R$ 200,00 foi pago hoje referente ao mês de abril e maio, somando os R$ 400,00 a cerca de 40 mil funcionários públicos, o que representa R$ 16 milhões a mais na economia local. Segundo ele, até o fim deste ano o abono vai gerar impacto de R$ 151 milhões no caixa do Governo.
O valor de R$ 200,00 será pago até o mês de julho a todas as categorias, porém no vencimento de agosto o abono vai variar entre R$ 100,00 a R$ 250,00. Conforme Assis, essa diferença refere-se ao fato de alguns segmentos dos servidores terem negociados outros benefícios e, para compensar, serão descontados ou acrescentados no abono.
Segundo Assis, 16 carreiras do Estado que somam cerca de 4,8 mil funcionários vão receber o valor menor no abono, como os servidores das Uneis (Unidades Educacionais de Internação) e do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Já dentre os que vão receber o valor máximo estão os fiscais de gestão de obras públicas e servidores do serviço de transportes, ambos atuando na Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos)
“Mesmo no momento difícil no País e no também no Estado, o Governo tratou essa negociação com os servidores de forma responsável e planejada para que possamos manter os vencimentos em dia”, destacou o secretário de Administração, acrescentando que 70% do funcionalismo ficaram satisfeitos com o abono, mas que alguns segmentos ainda estão negociando de forma em separada.
Para o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, o governo mudou o paradigma na forma de negociação. “No primeiro momento o abono não agradou, mas depois as categorias entenderam a situação atual da economia no País e aceitaram”, comentou ele, durante a coletiva.
Riedel lembrou que cada uma das 47 carreiras no Estado tem sua peculiaridade e que o diálogo não é uma questão simples, pois são tratativas individualizadas com cada categoria. Conforme ele, o reajuste está de acordo com o orçamento do Estado para 2016, que prevê cerca de R$ 150 milhões para o custeio da folha de pagamento no ano.
O secretário de Governo ainda lembrou que as negociações com as categorias continua abertas e citou como exemplo os policiais militares e bombeiros, que o diálogo é feito com as diversas patentes, do soldado ao o oficial.
Sobre a possibilidade de incorporação do abono ao salário, como foi reivindicado por grande parte das categorias, Carlos Alberto de Assis comentou que estudos estão sendo feitos neste sentido, mas adiantou que dificilmente deva acontecer neste ano. “O Governo vai fazer o máximo para que os servidores não tenham perdas salariais, mas se conseguirmos incorporar o abono, isso deve acontecer gradativamente”, observou ele. O secretário comentou ainda que vai ser difícil incorporar o valor total para todos.
Assis destacou que somente o estado do Paraná concedeu reajuste aos servidores por conta de lei estadual que obrigou o Governo a fazê-lo. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas pelo País, Mato Grosso do Sul foi o único a dar reajuste, “graças a gestão responsável implantada pelo Governo, de forma a podermos cumprir com as obrigações”, lembrando que muitos estados estão enfrentando greves do funcionalismo por conta de reajuste salarial.