Para 68,6%, Bolsonaro deve fazer a reforma na previdência
Consultados também são contra modelos especiais para militares e servidores públicos
A maioria dos brasileiros se diz a favor de mudanças no setor previdenciário por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), segundo o levantamento do instituto Paraná Pesquisa, divulgado nesta quarta-feira (dia 9).
Foram feitas quatro perguntas envolvendo o assunto para 2.006 moradores de 146 cidades distribuídas nos 26 Estados e no Distrito Federal, entre 12 e 15 de dezembro de 2018. Formam 68,6% as pessoas que concordam que o presidente deva fazer a reforma da previdência, outros 24,5% discordam e 7% não sabem.
Os consultados também foram indagados se o sistema de capitalização individual pelo qual cada trabalhador contribui apenas para sua própria aposentadoria é uma boa solução. 63,2% responderam “sim”, 29,1% acham que não e 7,7% não sabem.
A pesquisa também quis saber se os consultados são a favor do sistema de aposentadoria dos servidores públicos e dos militares. A pergunta estimulada foi: “os servidores devem continuar a se aposentar com o salário integral, ou deveria ser como o restante da população, que não se aposenta com o salário integral?”.
Ao todo, 65,6% acreditam que o modelo dos funcionários públicos deveria ser igual ao do restante da população, 28,7% pensam que deve ser da forma atual e 5,7% dizem não saber. Sobre os militares, o questionamento foi se esta categoria deve ou não ter um regime de previdência especial. Formam 57,7% quem respondeu não, 37,3%, sim, e 5% quem não sabe.
Hoje, o teto atual da aposentadoria no setor privado é R$ 5,6 mil, enquanto um militar que vai para reserva não possui um limite. Teoricamente, esta categoria está sujeita ao teto constitucional, equivalente ao salário dos ministros, hoje em R$ 33,8 mil.
Entre as ideias propostas por Bolsonaro, está a capitalização, uma espécie de poupança própria do trabalhador, para garantir aposentadoria no futuro. A reforma no setor está sendo elaborada pelo novo governo para ser apresentada ao Congresso Nacional, onde será votada, em fevereiro.