ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 28º

Política

MS pode escolher fundação paulista para gerir previdência complementar

O secretário Eduardo Riedel admitiu que já existe uma conversa com a fundação "SP-Prevcom"

Leonardo Rocha | 28/12/2018 11:40
Secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, durante entrevista na Governadoria (Foto: Edemir Rodrigues/Governo MS)
Secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, durante entrevista na Governadoria (Foto: Edemir Rodrigues/Governo MS)

O governo de Mato Grosso do Sul conversa com a “SP-Prevcom”, fundação que administra a previdência complementar dos servidores paulistas, para que a instituição também possa controlar esta “contribuição adicional” dos servidores sul-mato-grossenses. A informação foi revelada pelo secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel.

Ele explicou que com a aprovação da “previdência complementar”, caberá ao Estado apresentar um modelo “público” para aqueles que pretendem contribuir acima do teto do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), com a intenção de manter o mesmo salário, após aposentarem.

“Entendemos que não é viável montar a nossa própria estrutura, por isso estamos conversando com este modelo de São Paulo, que já tem uma aderência, experiência e estrutura robusta para nos atender. Esta é a única oferta que estamos conversando no momento”, disse Riedel, após agenda pública na Governadoria.

O secretário explicou que caberá ao servidor optar por este “modelo público” oferecido pelo Estado, ou aderir a uma instituição privada. “Não é impositivo. O novo servidor que tiver salário acima do teto (INSS) e deseja manter os mesmos valores na aposentadoria, poderá escolher entre estes dois modelos”, pontuou.

Modelo – De acordo com o jornal do Estado de São Paulo, a “ SP-Prevcom” está exportando seu modelo para diferentes locais, tendo o interesse além de Mato Grosso do Sul, de outros estados como Rondônia e Mato Grosso e mais 15 cidades. O município de São Paulo se conseguir aprovação (previdência complementar), também cogita aderir a este formato.

Quem criou este modelo foi o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A fundação paulista gera “agilidade” e “economia” a municípios e estados que não tem como montar sua própria estrutura de “previdência complementar”.

A SP-Prevcom cobra duas taxas administrativas para gerir o sistema, que segundo a direção, são recursos usados para custear a estrutura, pagar os funcionários e toda a tecnologia empregada. Conforme o presidente da fundação, Carlos Henrique Flory, este “modelo de exportação” permitiu que neste ano o governo paulista não fizesse aporte ao tesouro, para custear a organização.

Sede da Ageprev em Campo Grande (Foto: Divulgação/Ageprev)
Sede da Ageprev em Campo Grande (Foto: Divulgação/Ageprev)

Economia local – Riedel ainda revelou que a reforma da previdência estadual, realizada no fim do ano passado, já diminuiu o déficit no setor em torno de R$ 600 milhões, em 2018. Ele citou que os resultados vieram da junção dos fundos (previdência) e aumento na contribuição de 11% para 14%.

“Já tivemos neste primeiro ano o impacto positivo entre R$ 500 a R$ 600 milhões, que são importantes para os cofres públicos. Desta forma largamos na frente de muitos estados, que ainda não conseguiram tratar a questão a nível local”.

Ele ponderou que mesmo com as mudanças “pontuais” no serviço público estadual, o governo ainda aguarda a reforma nacional da previdência, que segundo o secretário, vai definir “linhas gerais”, como tempo de contribuição, idade mínima e outros pontos importantes. “Esperamos que esta discussão entre na pauta do novo presidente e do Congresso Nacional”.

Nos siga no Google Notícias