Para justificar protesto, Olarte diz que atraso compromete obras e saúde
A Prefeitura de Campo Grande aderiu ao protesto nacional dos municípios em decorrência do atraso nos repasses do Governo federal, que causou a paralisação de algumas obras e atinge até o SUS (Sistema Único de Saúde). A justificativa é do prefeito Gilmar Olarte (PP), na manhã de hoje (10), durante a inauguração da sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública no Jardim dos Estados.
“Estamos solidários às prefeituras que aderiram à paralisação, porque a situação é difícil e os municípios estão em dificuldades”, afirmou o chefe do Executivo. Ele decretou ponto facultativo nesta segunda-feira e todos os órgãos municipais estão fechados. Só os serviços essenciais estão funcionando, como os centros regionais de saúde 24 horas e as três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
“Os repasses federais estão diminuindo, algumas obras em andamento tiveram que ser paradas”, disse. No entanto, ele não mencionou quais obras foram suspensas por causa do atraso no repasse. Na Capital, estão paradas obras de pavimentação, de postos de saúde, de infraestrutura e de novas praças.
De acordo com o prefeito, os repasses do SUS (Sistema Único de Saúde) também estão atrasados. Os valores referentes a maio estão sendo pagos neste mês. Contudo, Olarte não informou se há serviços parados ou suspensos na saúde em decorrência do atraso.
“Vamos nos unir para cobrar mudanças federais, senão a maioria dos municípios vai ser tornar (em situação) de insolvência”, alertou. Além de fechar a prefeitura, Olarte vai reforçar o ato dos prefeitos na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), que acontece na manhã de hoje.