Partidos indicam eleição pulverizada e reforçam isolamento de Bernal
Os partidos que fizeram parte da base aliada do prefeito Alcides Bernal (PP), já estão trabalhando com nomes para disputa municipal, apostando em candidatura própria. O progressista que despista sobre reeleição, pode chegar a campanha deste ano, assim como aconteceu em 2012, sem nenhum grande partido ao lado.
O antigo aliado de Bernal e agora independente, o PT deve continuar tendo candidatura própria em Campo Grande, rejeitando um apoio a reeleição do prefeito. Com a desistência de Zeca do PT, que prefere se preparar para disputa do Senado em 2018, o partido colocou como possibilidades os deputados Pedro Kemp e Amarildo Cruz, o vereador Marcos Alex e o atual presidente estadual, Antônio Carlos Biffi.
"O partido definiu seus pré-candidatos, agora vamos avaliar nos próximos meses qual será a melhor opção em Campo Grande, como já disse estou a disposição", disse Kemp. Ele ponderou que assim o PT segue seu histórico, de sempre disputar na majoritária.
Já o PDT que ainda continua na base de Bernal, também defende candidatura própria, inclusive diz que se trata de uma decisão da executiva nacional. "Nos repassaram esta mensagem e vamos seguir, acredito que apoio a Bernal apenas no segundo turno, se não estivermos lá, pois teremos candidato", disse o deputado Felipe Orro (PDT).
Orro explicou que o partido deve escolher entre ele ou Dagoberto Nogueira, que hoje é presidente regional do PDT e deputado federal. "Teremos nosso projeto próprio e vamos resolver de forma interna quem será o candidato, vai ter avaliações e pesquisas para apontar quem tem mais condições".
Com este cenário, o prefeito se mostra mais isolado do que no começo do mandato. Apesar de dizer que o foco no momento é a administração municipal e não a reeleição, Bernal ainda busca aliados para estar ao seu lado durante a campanha eleitoral.
Outros nomes - Outros deputados estaduais também têm a intenção de serem candidatos em Campo Grande. Alguns dizem que basta confirmar o nome durante a convenção. Entre eles Mara Caseiro (PMB), que diz já ter o aval do novo partido e Marquinhos Trad (PMDB) que vai mudar para o PSD, justamente para ser candidato a prefeito.
Já Márcio Fernandes (PT do B) que irá para o PMDB, ainda não tem vaga garantida, já que lá tem outros nomes em discussão, como o deputado federal Carlos Marun (PMDB) e até a vereadora Carla Stephanini (PMDB). Lideranças importantes como os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, além do ex-governador André Puccinelli, já declararam que não pretendem disputar o pleito.