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Política

Paulo Guedes e Moro serão vitais para MS obter recursos, afirma Murilo

Vice-governador e secretário de Estado de Infraestrutura afirma que parcerias para logística e obras dependem do ministro da Economia e vê Moro como vital para a Segurança

Humberto Marques e Leonardo Rocha | 01/01/2019 17:54
Murilo manteve prioridade para o Aquário e quer plano para mais obras, e reforçou a necessidade de articulação com Paulo Guedes para viabilizar recursos. (Foto: Henrique Kawaminami)
Murilo manteve prioridade para o Aquário e quer plano para mais obras, e reforçou a necessidade de articulação com Paulo Guedes para viabilizar recursos. (Foto: Henrique Kawaminami)

Vice-governador e secretário de Estado de Infraestrutura, Murilo Zauith (DEM) reforçou que sua passagem pela Seinfra começa com prioridade para a a conclusão do Aquário do Pantanal, em Campo Grande, a continuidade de obras e o planejamento de novos grandes investimentos para Mato Grosso do Sul. Contudo, advertiu que o setor dependerá de parceria com o governo federal e, por isso, as ações a serem tomadas pelo ministro Paulo Guedes (Fazenda) serão vitais para o Estado, bem como a atuação de Sergio Moro na Justiça e Segurança Pública em relação ao setor.

Com bagagem política –foi deputado estadual e federal, ex-prefeito de Dourados e ex-vice-governador de 2006 e 2010– e engenheiro por formação, Murilo destacou nesta terça-feira (1º), antes de assinar o documento de posse como titular da Seinfra, que a conclusão do Aquário está entre as metas de sua passagem pela pasta. “A primeira hora que quero dar prioridade é o Aquário. Depois, quero saber quais outras obras faltam para serem concluídas no Estado”, disse ao Campo Grande News.

Alvo de investigações na Operação Lama Asfáltica devido a denúncias de irregularidades na contratação de empresas para sua execução e desvios, o Aquário do Pantanal foi anunciado em 2011 ao custo de R$ 80 milhões, porém, deve custar mais de R$ 220 milhões. As diversas suspeitas levaram o governo estadual a buscar um acordo com o Judiciário e o Ministério Público para terminar o empreendimento sem licitação –a Egelte, que venceu o certame, deixou o canteiro depois de ter seu contrato aditado em 25%, limite máximo previsto pela lei, e a segunda colocada descartou assumir o serviço. O acordo, porém, não avançou em meio a debates judiciais, devendo ser retomado em 2019.

Parceria – Murilo também disse que pretende se reunir com Reinaldo a fim de discutirem que obras poderão ser incluídas no planejamento do Estado já a partir deste ano, contudo, frisou a importância de construir parcerias junto ao governo do presidente Jair Bolsonaro, reiterando que o alvo das negociações não deve, em um primeiro momento, ser a área federal de infraestrutura.

“Os investimentos em infraestrutura e logística dependem do Paulo Guedes, que será o responsável pela Economia. Esses setores dependem muito do trabalho dele. Havendo sucesso na articulação política do novo governo e nas políticas que pretendem adotar, aí sim os Estados começaram a receber recursos a partir de 2020”, disse Murilo, que previu para este ano um período “de ajustes e negociação com o Congresso”.

“Não pensem que a economia vai estourar neste ano. É importante o novo ministro entender que o setor público é diferente do privado, sendo necessário articulação política e paciência para fazerem as coisas acontecerem”, previu o vice-governador. Ele reiterou, porém, o papel de Paulo Guedes para a execução de obras. “A parceria com o governo federal depende da atuação do ministro da Economia para a infraestrutura avançar”, reforçou.

Da mesma forma, Murilo afirma que as ações desejadas para a Segurança Pública dependem, também, do trabalho que o ministro da Justiça, Sergio Moro, desenha para a pasta. “São as áreas que o Estado mais precisa, mas que dependem desses dois ministros”.

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