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Política

PDT devolve liderança a deputado que não desiste de deixar o partido

Leonardo Rocha | 04/08/2015 13:20
Deputado Beto Pereira continua como líder do PDT, mas prepara ação para deixar partido (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Deputado Beto Pereira continua como líder do PDT, mas prepara ação para deixar partido (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Felipe Orro disse que deputados solicitaram a direção do PDT para que não houvesse alteração na liderança (Foto: João Prestes/ALMS)
Felipe Orro disse que deputados solicitaram a direção do PDT para que não houvesse alteração na liderança (Foto: João Prestes/ALMS)

Após pedido dos deputados do PDT, a direção estadual do partido voltou atrás e concordou em deixar a liderança, na Assembleia, com o deputado Beto Pereira, no entanto o parlamentar não desistiu de deixar o partido, tanto que já prepara uma ação na Justiça para trocar de legenda, sem perder o mandato no legislativo.

Na semana passada, em reunião do PDT, a executiva decidiu que Beto Pereira não seria mais o líder na Assembleia, alegando que após a eleição estadual, que culminou na vitória do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), o parlamentar deixou de participar das reuniões e vida partidária, ou seja, era melhor escolher outro para representá-los na Assembleia.

Na sessão de hoje (4), primeira após o recesso, o deputado Felipe Orro (PDT) usou a tribuna para dizer que Beto Pereira permanece como líder. “Nós recebemos esta indicação da direção estadual, mas depois convencemos o presidente a manter como estava, se o Beto (Pereira) deixar a legenda, então teremos novo líder”, disse ele.

Beto no entanto, apesar de continuar como líder, declarou que vem sendo perseguido e sofrendo represálias políticas do atual presidente, por esta razão vai entrar com uma ação na Justiça buscando autorização para deixar o partido e permanecer com seu mandato na Assembleia.

“Por todos estes acontecimentos, creio que tenho os indícios suficientes para solicitar a troca de partido, com minha desfiliação do PDT sem qualquer prejuízo”. Ele voltou a citar os convites que recebeu do PSDB, Solidariedade e PPS. “Um passo de cada vez, depois decido”. O parlamentar já havia adiantado que tinha conversas adiantadas com os tucanos, para um possível retorno.

Impasse - Os conflitos internos no PDT começaram durante a eleição estadual, quando Beto Pereira e Felipe Orro (PDT) contestaram a retirada de sete nomes do diretório por Dagoberto, com esta razão montaram uma chapa de oposição ao deputado federal, tendo o ex-presidente João Leite Schimidt como candidato.

Depois da desistência de Schimidt, os deputados não entraram em acordo com Dagoberto, que mesmo assim, em chapa única, foi eleito presidente estadual do PDT. Enquanto que eles reclamavam que o novo dirigente estava trabalhando por interesses próprios, este por sua vez dizia que os deputados chegaram a este impasse, porque querem ser candidatos a prefeito de Campo Grande.

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