Pedido de abertura da CPI do Táxi começa a tramitar na Câmara
Ao todo, 19 vereadores apoiam a criação de um grupo para investigar se houve venda de concessões de alvarás
Foi protocolado, nesta terça-feira (11), o pedido de instauração da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Táxi na Câmara Municipal de Campo Grande. Os vereadores vão apurar possíveis irregularidades no serviço, principalmente se houve negociação financeira de licenças.
O pedido de abertura de investigação foi feito pelo vereador Vinícius Siqueira (DEM), que já havia conseguido a lista com os donos dos 490 alvarás de Táxi concedidos pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), e foi constatado que 15,5% concentram-se nas mãos de apenas 10 pessoas.
Agora o parlamentar quer montar um grupo para averiguar o motivo dessa concentração em poucos indivíduos e se houve “transferência de valores” para chegar a esta situação. “Na lista de concessões tem muitos sobrenomes que se repetem, agora queremos saber como foi a doação desses alvarás”, explica Vinícius.
“Queremos saber quem de fato recebeu originalmente os alvarás, se as concessões foram gratuitas e se houve negociação, com transferência de valores. Se aconteceu, foi irregular”, prosseguiu o democrata. Além disso, a comissão quer chegar aos donos originais dos alvarás e descobrir como houve a mudança de dono, nos casos de transferência de titularidade.
Para conseguir dar prosseguimento ao pedido, Siqueira conseguiu 19 assinaturas, quando o mínimo são 10, de colegas do parlamento. Agora a solicitação de instauração da CPI do Táxi será encaminhada ao presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB), que tem 48 horas para dar um parecer se abre ou não a comissão.
Além de Vinicius Siqueira, foram favoráveis os vereadores Wilian Maksoud (PMN), Ademir Santana (PDT), Valdir Gomes (PP), André Salineiro (PSDB), Veterinário Francisco (PSB), Dharleng Campos (PP), Betinho (PRB), Odilon Junior (PDT), Junior Longo (PSDB), Papy (SD), Enfermeira Cida (PTN), Otávio Trad (PTB), Gilmar da Cruz (PRB), Lucas de Lima (SD), Wilson Sami (PMDB), Cazuza (PP), Eduardo Romero (REDE) e Antônio Cruz (PSDB).
