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Política

Se aberta, CPI vai mirar mototaxistas, além do suposto cartel dos táxi

Vereadores adiaram para a próxima semana a decisão sobre instaurar ou não a investigação

Anahi Zurutuza e Richelieu de Carlo | 07/03/2017 10:53
Vereador Vinicius Siqueira, que propõe abertura da CPI (Foto: Richelieu de Carlo)
Vereador Vinicius Siqueira, que propõe abertura da CPI (Foto: Richelieu de Carlo)

Vereadores deixaram para decidir na próxima semana se abrem ou não a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com objetivo de investigar as concessões de táxis em Campo Grande. Vinícius Siqueira (DEM), que articula a abertura investigação, adiantou que se instaurada, a comissão fará varredura também nos alvarás de mototaxistas.

Siqueira disse que já pediu à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) dados sobre as licenças de mototáxis e espera a relação de motoristas de táxi auxiliares para fazer análise prévia.

“Nosso principal questionamento é porque tantos alvarás estão nas mãos de poucas pessoas e na lista há muitos sobrenomes que se repetem, podem estar concentrados nas mãos de famílias”, afirma. 

O vereador garante que 15 colegas já se comprometeram a dar assinaturas para viabilizar a abertura da CPI, mas diz que em reunião realizada na presidência da Câmara Municipal antes da sessão desta terça-feira (7), ao menos 23 parlamentares se mostraram favoráveis à investigação. “É quase unânime. Se eu tivesse uma caneta [durante a reunião]”, brincou.

Vinícius Siqueira afirma, entretanto, que a decisão de adiar a abertura da comissão se deu porque hoje a Câmara começou a ouvir os envolvidos na polêmica da Uber e vai levantar mais dados preliminares. Os motoristas cadastrados no aplicativo terão a tribuna liberada para dar opinião sobre a regulamentação das “caronas pagas” imposta por meio de decreto pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD).

Vereadores devem receber representates de taxistas e mototaxistas, além de usuários dos meios de transporte. “Precisamos juntar mais elementos. Vamos buscar mais dados para CPI ser instaurada”.

Apuração preliminar – Conforme comprova a lista entregue pela Agetran à Câmara, na quinta-feira (2), dos 490 alvarás da Capital, 15,5% concentram-se nas mãos de apenas dez pessoas.

Só o empresário Moacir Joaquim de Matos, que morreu em outubro do ano passado, possui 29 alvarás de táxi ainda em seu nome. Ele era dono da maior frota de táxi da cidade e também mantinha uma empresa de locação de veículos.

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