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Política

Vereador garante já ter assinaturas e que CPI dos táxi será aberta na terça

De acordo com o regimento interno da Casa de Leis, são necessárias pelo menos 10 assinaturas para aprovar a CPI. Contudo, o parlamentar, mas não quis informar quantas assinaturas já tem

Lucas Junot | 06/03/2017 16:52
Dos 490 alvarás da Capital, 15,5% concentram-se na mãos de apenas 10 pessoas (Foto: Marcos Hermínio)
Dos 490 alvarás da Capital, 15,5% concentram-se na mãos de apenas 10 pessoas (Foto: Marcos Hermínio)

O requerimento para abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que irá apurar as concessões de táxi em Campo Grande será apresentado na sessão ordinária de terça-feira (7) na Câmara Municipal. O vereador que encabeça a denúncia, Vinícius Siqueira (DEM), garante que já tem assinaturas suficientes para instaurar a investigação.

De acordo com o regimento interno da casa de leis, são necessárias pelo menos 10 assinaturas para aprovar a CPI. Contudo, o parlamentar não quis informar quantos crivos já tem, apesar de ter sido visto em vários gabinetes durante a tarde desta terça-feira (6).

Vinícius Siqueira disse ao Campo Grande News que o principal objeto do inquérito, se aprovado no plenário, será apurar o motivo pelo qual tantos alvarás encontram-se em posse de uma única pessoa ou de poucas famílias, conforme comprova a lista emitida pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), na última quinta-feira (2). Dos 490 alvarás da Capital, 15,5% concentram-se na mãos de apenas 10 pessoas.

Entre os mais significativos, o empresário Moacir Joaquim de Matos, que morreu em outubro do ano passado, possui 29 alvarás de táxi ainda em seu nome. Ele era dono da maior frota de táxi da cidade e também mantinha uma empresa de locação de veículos. Na lista emitida pela Agetran, as concessões constam como espólio a ser inventariado para a família.

Em seguida, Orocidio de Araujo aparece como detentor de outros 15 alvarás, Francisca Pereira dos Santos com 15, Benevides Juliace Ponce com 14, Elton Pereira de Matos com outros nove e Nelson Kohatsu Eireli com sete.

Maria Helena Juliace de Araujo, por exemplo, que tem o mesmo sobrenome de Benevides, também aparece na lista como concessionária de outros nove alvarás.

Para o vereador Vinícius Siqueira, a CPI também colabora com a questão. “A a que CPI também facilita a discussão da Uber. Essa alternativa de transporte só apareceu porque o táxi é ineficiente e caro. E a Prefeitura vem na contramão e tenta transformar esse novo serviço no sistema antigo, cheio de indícios de corrupção”, pondera o parlamentar.

Uber - A partir desta terça-feira (7), os vereadores da Câmara Municipal da Capital vão ouvir taxistas, motoristas de Uber e usuários sobre a regulamentação do aplicativo de caronas pagas, objeto de um decreto do Executivo.

O Legislativo Municipal vai ouvir representantes do aplicativo na terça-feira, dois dias depois os taxistas e ainda este mês fará uma audiência pública a pedido de Marquinhos. “Vamos facultar a utilização da tribuna para que eles se manifestem em dias diferentes”, disse o presidente da casa de leis, vereador João Rocha (PSDB).

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