Pesquisa mostra que 59% dos eleitores ainda não têm candidato a presidente
Índice é a soma de votos nulos, brancos e de quem não sabe ou não respondeu ao levantamento
Pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), divulgada nesta quinta-feira (dia 28), mostra que 31% dos eleitores votariam branco ou nulo e 28% não sabem ou não responderam ao levantamento sobre intenção de voto para presidência da república.
Somados, os índices atingem 59% de eleitores que não têm candidato. O número é expressivo e demonstra o desânimo com a política, já que é constatado a três meses do pleito eleitoral.
Os dados foram colhidos em um cenário espontâneo, ou seja, quando não é fornecida uma lista de candidatos para o entrevistado. Neste caso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou com 21% das intenções de votos, no primeiro turno. Em segundo, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), com 11%, seguido por Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede), ambos com 2% dos votos.
A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-02265/2018. Foram ouvidas 2 mil pessoas em 128 municípios entre 21 e 24 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Já no cenário estimulado, quando são apresentados nomes dos candidatos para os eleitores, Marina aparece com 13% da intenção de votos, enquanto Bolsonaro tem 17%. Estes percentuais representam empate técnico, porque a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Ciro Gomes (PDT), também pré-candidato a presidente, surge com 8%; Geraldo Alckmin (PSDB), 6%; Álvaro Dias (Podemos), 3%; Fernando Collor (PTC) e Fernando Haddad (PT), com 2%. Com 1% cada aparecem Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles, João Amôedo, Levy Fidelix (PRTB), João Goulart (PPL); Manuela D´avila (PCdoB) e Rodrigo Maia (DEM).
Neste caso, o número de votos brancos e nulos chegaria a 22% e o os que não sabem ou não responderam somam 6%.
Governo Temer - A avaliação também mediu o nível de satisfação com o governo do presidente Michel Temer (MDB). O percentual de quem considera ruim ou péssimo subiu de 72%, em março, para 79% em junho, maior nível desde o começo da administração dele.