Pesquisa revela que 69% da população acredita que a Lava Jato fez bem ao Brasil
No total foram entrevistadas 2.264 pessoas nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal
Às vésperas de completar 7 anos, a operação Lava Jato continua tendo amplo apoio da população. Levantamento feito pelo Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (26), aponta que para 69,2% dos entrevistados a operação fez bem ao Brasil. Em contrapartida, para 24,6% a força-tarefa iniciada em Curitiba, fez mais mal para o país. Pessoas que não souberam ou não opinaram somou 6,2%. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro de dois pontos percentuais.
O perfil de quem acredita nos benefícios da Lava Jato é do sexo masculino (74%), de 35 a 44 anos (72,2%), da região Sul do país (75,4%), com ensino superior completo (76,1%) e economicamente ativos (70,1%).
O Instituto ouviu 2.264 pessoas em 200 municípios brasileiros. As entrevistas foram realizadas por telefone com habitantes acima de 16 nos 26 Estados e Distrito Federal entre os dias 16 a 19 de fevereiro deste ano.
O último levantamento referente a lava jato realizado pelo Paraná Pesquisas, foi divulgado em agosto do ano passado e revelou que 78,1% dos brasileiros queriam a continuidade da Operação. Segundo a pesquisa, 15,8% da população pediam o fim da operação.
Operação - A primeira fase da Lava Jato foi realizada em 17 de março de 2014 e, desde então, a força-tarefa deflagrou 79 fases, cumprindo 132 prisões preventivas e 163 temporárias, além de ter gerado 278 condenações. Ao todo, mais de 4,3 bilhões de reais já foram devolvidos por meio de 209 acordos de colaboração e 17 acordos de leniência, gerando a devolução de quase 15 bilhões de reais.
O político mais ilustre condenado pela operação foi o ex-presidente Lula (PT), enquanto a figura com maior notoriedade à frente operação foi o ex-juiz federal Sérgio Moro, que após as eleições de 2018 abdicou do cargo de juiz para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Bolsonaro. O ex-juiz federal ficou 1 ano e 4 meses no comando da pasta. A demissão foi motivada após decisão do presidente de trocar o diretor-geral da Polícia Federal.