Posse de Bernal e Flávio Cesar não deve ser marcada por solenidade
A oficialização do vereador Flávio César (PT do B) na presidência da Câmara Municipal e a recondução de Alcides Bernal (PP) à Prefeitura de Campo Grande podem ser feitas sem grandes solenidades, segundo afirmam a assessoria de imprensa do parlamentar e da Casa de Leis. Os dois devem apenas assinar os respectivos termos de posse.
Vereadores da oposição ao prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) se reúnem a portas fechadas na sala dos vereadores para definir os próximos passos. Entre os itens está a apresentação da denúncia feita pela Operação ADNA, que também pede o afastamento do político.
“Mesmo com o afastamento já determinado, vamos cumprir o papel parlamentar pondo em votação o objeto”, afirma a vereadora Thaís Helena (PT). Na reunião foram ventilados alguns nomes para o secretariado de Bernal. Um dos citados foi Marcelo Salomão, atual secretário municipal de educação, que permaneceria no cargo.
Decisão – Nesta terça-feira, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) desencadeou a Operação Coffee Break, que levou a detenção de oito vereadores, do secretário municipal de Saúde, Jamal Salem, e no afastamento de Olarte do cargo de prefeito e de Mario Cesar da Câmara Municipal.
Por volta das 11h30 de hoje, o vice-presidente da Câmara Municipal, Flavio Cesar (PTdoB), anunciou que iria assumir o cargo de prefeito. Ele seria o terceiro prefeito da Capital em dois anos e meio, mas a decisão que determina o retorno de Bernal foi tomada antes da posse.
Investigações da Polícia Federal destacaram que a cassação de Bernal foi articulada pelo empresário João Amorim. Gravações mostram o empresário definindo o futuro do então prefeito com o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar Oliveira (PMDB).