ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 31º

Política

“Pouco muda se Petrobras não se mexer”, diz Reinaldo sobre ICMS da gasolina

Governador criticou política da estatal, que atrela preço ao barril de petróleo, que é comercializado em dólar

Adriel Mattos | 19/10/2021 18:39
Governador Reinaldo Azambuja durante entrevista coletiva (Foto: Kísie Ainoã)
Governador Reinaldo Azambuja durante entrevista coletiva (Foto: Kísie Ainoã)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse nesta terça-feira (19) que o projeto de lei em discussão na Câmara dos Deputados que muda a forma que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide sobre os combustíveis.

“Se o Senado aprovar, pouco muda se a Petrobras não mexer essa política de preços”, avaliou durante o lançamento do programa “MS +Esporte”. Reinaldo lembrou que a política da petrolífera está atrelada à cotação do barril do petróleo, que é comercializado em dólar.

“Acho que é algo que eles [deputados federais] interferiram erroneamente. A culpa da gasolina estar cara é da Petrobras. Só esse ano eles reajustaram o preço 14 vezes. Os estados não mexeram na alíquota e eu entendo que gasolina é política pública, não é só pensar em lucro dos acionistas e penalizar o povo brasileiro”, criticou Reinaldo.

O governador voltou a falar que estudava reduzir a alíquota do tributo sobre a gasolina, mas vai aguardar a deliberação do Congresso. “Tínhamos a pretensão de reduzir a alíquota, mas vamos esperar eles [senadores] e os 27 governadores vão tomar a decisão após a votação. Porque isso de jogar a responsabilidade para nós é uma falácia”, disse.

Estudo divulgado neste mês pela CNM (Confederação Nacional de Mato Grosso do Sul) aponta que os estados percam juntos R$ 5,5 bilhões/ano em receita caso a proposta vire lei. Isso significa que menos R$ 1,3 bilhão estaria chegando aos cofres dos municípios. Esperamos que seja reprovada”, limitou-se a dizer o secretário de estado de Fazenda, Felipe Mattos ao Campo Grande News há duas semanas.

Na semana passada, a Câmara aprovou, por 392 votos a 71, o valor fixo para cobrança de ICMS sobre combustíveis. A matéria ainda deve ser analisada pelo Senado Federal.

Da bancada de Mato Grosso do Sul, Beto Pereira (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT) votaram contra a medida. Já Bia Cavassa (PSDB), Luiz Ovando (PSL), Tio Trutis (PSL), Rose Modesto (PSDB) e Fabio Trad (PSD) votaram a favor da proposta.

Nos siga no Google Notícias