Prefeita diz que não pode garantir pagamento de salários na Santa Casa
Em agenda, prefeita disse que administração está em dia com o hospital e aguarda verba do Governo Federal
Em agenda nesta quarta-feira (10), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse que não pode garantir o pagamento dos funcionários da Santa Casa porque a administração depende do repasse do Governo Federal, o que não aconteceu até o momento. Os salários deveriam ser pagos até a última sexta-feira.
Sem receber, funcionários da Santa Casa de Campo Grande decidiram fazer paralisação caso o pagamento não seja feito em 72 horas, decisão tomada em assembleia, no início da tarde. “As contas da prefeitura em relação à Santa Casa estão em dia. Agora o repasse federal tem data para ser liberado. Eu não possuo a data e o horário de repasse”, disse Adriane Lopes.
Diante do não recebimento dos salários, Helena Delgado, vice-presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), disse que caso os servidores não recebam, a Santa Casa irá funcionar apenas com 30% dos funcionários.
“Em 72 horas a gente começa a paralisação. Então, 70% dos trabalhadores saem dos setores e ficam apenas 30%. A gente vai tentar preservar as terapias intensivas e deixar 50% nos CTIs (Centros de Tratamento Intensivo”, disse.
Na ocasião, a Santa Casa alegou que não tem como fazer o pagamento enquanto não receber os repasses de recursos da Prefeitura de Campo Grande e Governo de Mato Grosso do Sul, que somam R$ 20 milhões.
“A Santa Casa alega que ela depende 100% do recurso público para poder pagar, enquanto o município e o Estado alegam que o prazo para os repasses seria até o dia 15, mas a lei diz que o trabalhador recebe até o dia 5. Não há o que negociar”, explicou Lázaro Santana, presidente do Siems. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou ao Campo Grande News nesta terça-feira (9) que aguardava depósito do Ministério da Saúde para fazer o repasse.
O hospital recebe mensalmente R$ 6 milhões do FNS (Fundo Nacional de Saúde), R$ 5 milhões dos cofres municipais e R$ 9 milhões do Estado. A folha de pagamento da instituição é de cerca de R$ 15 milhões.
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