Presidente do Podemos tem reunião com Riedel para discutir fusão com PSDB
Encontro acontece durante viagem bate e volta de Renata Abreu a MS nesta quinta-feira (20)
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Almoço com vereadores e deputados, encontro com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), entrevista com a imprensa, constituem a agenda da presidente nacional do Podemos, deputada federal, Renata Abreu em Mato Grosso do Sul, nesta quinta-feira (20). No centro do debate sobre a conjuntura da legenda regionalmente e construção de chapa para 2026, está a possibilidade de fusão com o partido tucano.
RESUMO
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A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, está em Mato Grosso do Sul para discutir uma possível fusão com o PSDB. Em reunião com o governador Eduardo Riedel e outros políticos locais, Abreu destacou que a união dos partidos poderia criar uma força política significativa para as eleições de 2026. A fusão é vista como natural devido ao alinhamento ideológico e complementaridade entre as legendas. O PSDB, forte em Mato Grosso do Sul, e o Podemos, com representação no Senado, buscam se fortalecer nacionalmente. A proposta de fusão visa criar um novo projeto político, rejeitando a incorporação ao PSD.
No primeiro compromisso hoje, logo depois que chegou à cidade, em entrevista ao Campo Grande News, ao lado a senadora Soraya Thronicke (Podemos), a presidente nacional do Podemos se mostrou animada com a ideia e descreveu os dois partidos como complementares, o que tornaria todo o processo mais fácil e natural. O tema já foi discutido, inclusive, com o presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja.
“A ideia é mostrar a potência que nós nos tornamos juntos. Estamos falando de uma bancada de vereadores - que são base de uma chapa de deputado - que ultrapassa o PL no Brasil. Estamos falando de um fundo eleitoral que ultrapassa os Republicanos e fica próximo do MDB. Com isso, você se torna uma força política importante para 2026, formada por dois partidos que são muito complementares, que tem muito alinhamento, inclusive ideológico”, descreveu Renata.
Em contrapartida, o PSDB agregaria fortalecendo a legenda onde ela não tem folego no Brasil. Mato Grosso do Sul, por exemplo, se tornou o último reduto tucano no País, com governador, três deputados federais, seis deputados estaduais, a maior bancada da Câmara Municipal de Campo Grande, com cinco vereadores, e 44 das 79 prefeituras do Estado. Já o Podemos em Mato Grosso do Sul tem uma cadeira no Senado, um deputado estadual eleito, dois representantes na Câmara Municipal de Campo Grande e um prefeito.
Nacionalmente, as legendas deram sinais de aproximação durante a eleição da presidência do Senado Federal, em que dois parlamentares do Podemos migraram para o ninho tucano, fortalecendo a legenda. “Nós emprestamos nesse namoro”, disse Renata. Para ela, o namoro pode ter futuro e acredita que a incorporação ao PSD do secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab está descartada. “Quem fundou o PSDB não aceita a incorporação, se o PSDB foi incorporado pelo PSD, ele morre”, ratifica.
A proposta apresentada pelo Podemos segue na contramão. “Nossa ideia é fazer uma fusão e desenhar um novo projeto para o Brasil, como fizemos lá atrás. Eu acho que, hoje, os partidos precisam se reinventar o tempo todo. A sociedade já é assim. Antigamente as marcas eram algo muito consolidado, hoje cada dia está diferente. É a tendência chamada as marcas vivas, porque a sociedade muda o tempo todo. E os partidos políticos representam a sociedade. Se a gente não tiver antenado nas mudanças, a gente morre”, disse.
Durante a passagem pelo Estado, a presidente nacional do Podemos reiterou que o projeto para Mato Grosso do Sul é garantir a reeleição de Soraya, já posta como pré-candidata ao cargo. Isso, segundo ela, não será prejudicado ou pode interferir as negociações para a fusão partidária. “A gente não tem conflito em quase nenhum Estado e a parceria com o governador sul-mato-grossense já existe”, reforçou Renata.
Para a senadora também não há ressalvas. “Eu não tenho preocupação nenhuma em relação a isso. Eu sou time. Acredito que o Podemos do Mato Grosso do Sul pode agregar e eu sou mais uma liderança dentro deste grupo político. Então, estou pronta para atender as necessidades do time. Vou ser uma renovação dentro de um time [do PSDB] que já tem uma tradição, políticos tradicionais, políticos já bastante experimentados”, disse Soraya.
Ela destaca que o partido está em pleno crescimento. “Nós fomos o partido que mais cresceu no ano passado. Assim que eu assumi, nós crescemos 59%, foi o partido que mais cresceu no Mato Grosso do Sul, segundo lugar do Podemos no Brasil de crescimento. Sendo que o PL, no mesmo período do ano passado, é, cresceu 23%, ou seja, nós estamos indo muito bem”, completou.
Renata foi a segunda liderança nacional a aterrissar em terras sul-mato-grossenses para discutir o futuro do PSDB e conquistar o ninho tucano. No início do mês, Kassab se reuniu com Riedel e Azambuja para dar continuidade às articulações para uma possível incorporação do partido tucano ao PSD. A discussão continuou em reunião com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, na última quinta-feira (13) em reunião com a bancada estadual e federal do partido, no receptivo do Governo do Estado.
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