Previdência é a primeira, diz presidente da Fiems sobre urgência de reformas
"Depois vem a reforma tributária", afirma o representante dos empresários da indústria de Mato Grosso do Sul, Sérgio Longen
O Brasil precisa aprovar a Reforma da Previdência “amanhã” para dar sequência às demais reestruturações necessárias, avalia o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen.
O cenário que o dirigente aponta, em caso na demora na aprovação, é de contingenciamento de recursos ainda maior do que está ocorrendo. “A gente tem condição de avançar e, se não for feito já, começamos a ver grandes ações que começam a preocupar. O governo começa a não ter dinheiro para pagar as contas”.
Entregue em fevereiro pelo governo federal ao Congresso, o projeto que modifica regras da aposentadoria tramita na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) atualmente. O governo tem projeção de economizar R$ 1 trilhão em 10 anos com as mudanças. Parlamentares, contudo, devem apresentar ainda emendas à proposta.
Para o representante dos empresários da indústria de Mato Grosso do Sul, a reforma é a primeira capaz de “combater o deficit nominal”, além de mostrar equilíbrio nas contas públicas. “Essa é a primeira, depois vem a reforma tributária, que caminha em paralelo. Feita a lição de casa, o governo transmite equilíbrio à sociedade nas contas, na política e o Brasil começa a viver de outra forma”.
Longen citou cortes na educação e infraestrutura, anunciados na semana passada pelo governo federal, para ele, consequências do quadro econômico do País. “Nós precisamos de uma série de reformas, inclusive política. O Brasil precisa sair do ciclo político para entrar no ciclo de desenvolvimento. Esperávamos que a reforma fosse aprovada ano passado, hoje nós esperamos que seja aprovada amanhã”.
Ainda na gestão de Michel Temer (MDB), um texto foi apresentado aos parlamentares, mas foi retirado em meados de 2018 por falta de viabilidade política para aprovação. O presidente da Fiems afirma que, na época, pouca informação prejudicou o processo e fez as pessoas pensarem que seriam os menos favorecidos atingidos pela medida. "Quando na verdade, não é o que estamos buscando".
Agora, já com questões amplamente discutidas, existe condição e fazer uma "reforma abrangente, que dê resultado financeiro significativo, combatendo principalmente os privilégios".