Projeto para ajudar Cassems chega à Assembleia nesta quinta
Governo repassará montante que plano de saúde dos servidores precisa para reequilibrar contas
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou em coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (16), que não deixará de socorrer a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) “neste momento difícil” e vai enviar, ainda nesta quinta-feira (17), projeto de lei que prevê autorização para que o Estado faça aporte de R$ 60 milhões à operadora de plano de saúde.
O chefe do Executivo estadual afirmou que entendeu os problemas financeiros pelos quais a administradora do convênio está passando, embora não seja atribuição dele interferir na gestão de receitas e despesas da Cassems. “O governo encontrou essa forma para apoiar pontualmente, nesse momento de dificuldade, e a Cassems vai buscar dentro da sua gestão os caminhos para equacionar esse momento difícil que vive. E vive toda a Saúde, é importante que se diga isso, que toda a Saúde, hospitais têm tido uma dificuldade real em função do aumento de custos e reflexos da pandemia”.
Riedel fez justiça ao afirmar que o pedido de socorro foi iniciativa da Assembleia Legislativa, que criou comissão para interferir pela Cassems. “Governo não vai faltar nesse momento difícil, mas foi uma iniciativa aqui da Assembleia”.
Na noite de ontem, Riedel se reuniu com membros da diretoria do convênio e parlamentares. Ficou acordado que o montante será enviado de forma parcelada e, em contrapartida, a Cassems deve reduzir a contribuição fixa por beneficiário de R$ 45 para R$ 35, limitada a R$ 140 por grupo familiar natural, não abrangendo os agregados, além do fator participativo para próteses em cirurgias.
Mais cedo, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, e o conselheiro de Administração, Lauro Davi, estiveram no TCE (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) para sugerir que a Corte fiscal analisasse os balanços financeiros do plano de saúde.
No contexto financeiro apresentado aos parlamentares, a Cassems revelou um passivo de R$ 150 milhões, que representa as obrigações e dívidas da entidade, correspondendo a 15% do patrimônio total, que é de R$ 1 bilhão. A operadora de convênio tem, contudo, apenas R$ 90 milhões em caixa. A diferença entre o passivo e os recursos em conta resulta em desequilíbrio financeiro de R$ 60 milhões, exatamente o valor que o governo se comprometeu a repassar.
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