Comissão escuta Cassems e levará debate da contribuição adicional ao governador
Deputados estaduais estiveram no hospital ouvindo os dados da diretoria para encaminhar decisões em conjunto
A comissão formada por deputados estaduais se reuniu com os diretores da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), para discutir o reequilíbrio econômico-financeiro do plano de saúde que atende ao funcionalismo público estadual.
O objetivo é encontrar soluções para aumentar a receita do plano de saúde, permitindo a revogação ou redução da contribuição adicional que havia sido aprovada.
O líder do governo, deputado estadual (PP) Londres Machado, destacou a importância do diálogo e afirmou que a Assembleia está comprometida a encampar as reivindicações dos servidores.
“Essa mesma comissão vai conversar com o governador e tentar chegar a um entendimento. Ainda vamos marcar. Talvez amanhã [quarta-feira]”, disse o deputado.
Para a presidente da Feserp (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul), Lílian Fernandes, o encontro foi importante por conta do processo da discussão. “É uma construção. Queremos a qualidade da saúde”.
A contribuição adicional, aprovada em assembleia geral no último dia 28, previa um acréscimo de R$ 45 por beneficiário, com limite de R$ 180,00 por família. A estimativa era de um incremento mensal de receita no valor de R$ 8.647.290,00. No entanto, o aumento da contribuição gerou preocupações entre os servidores, especialmente aqueles com renda mais baixa.
O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, ressaltou a importância da busca por alternativas que possam aliviar o impacto financeiro sobre os servidores.
“A reunião foi muito boa, onde pudemos apresentar todo o cenário que motivou essa Assembleia Geral Extraordinária, com muita transparência como fazemos questão de trabalhar. Os deputados entenderam nossa realidade e vamos construir com o governo uma proposta, uma ideia que possa ajudar a enfrentar esse momento e minimizar os impactos financeiros para os servidores. Através do diálogo responsável encontramos soluções”, ponderou.
No contexto financeiro apresentado aos deputados, a Cassems revelou um passivo de R$ 190 milhões e R$ 90 milhões, resultando em um deficit de R$ 60 milhões. Projeções indicam que, ao final de 2024, o passivo pode atingir R$ 46,5 milhões. Além disso, a sinistralidade aumentou 14,52% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Uma das propostas discutidas pela comissão é a equiparação da contribuição patronal do Governo, que atualmente é de 5,25%, à contribuição dos funcionários, que é de 6%.
A sugestão foi apresentada pela diretoria e conselheiros da Cassems como uma maneira de aumentar o fluxo de caixa sem sobrecarregar ainda mais os servidores.
A comissão mista busca, através do diálogo e do entendimento mútuo, encontrar alternativas que garantam o equilíbrio financeiro da Cassems, assegurando ao mesmo tempo a acessibilidade e qualidade do atendimento aos servidores públicos estaduais e seus dependentes.
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