Para livrar médico de prisão, defesa vai alegar que ele prestou socorro à vítima
Também será apresentado que João Pedro colaborou com os policiais e se manteve no local do crime
A defesa do médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, que se envolveu no terceiro acidente de trânsito com vítima desde 2017, vai tentar a liberdade dele amanhã, em audiência de custódia, alegando que ele colaborou com os policiais e se manteve no local do crime durante a ocorrência.
Mesmo sem fazer o teste de alcoolemia, ele foi considerado embriagado pelos militares devido às características que apresentava. Entretanto, isso não deve interferir nas alegações da defesa para custódia. O advogado de João Pedro, Paulo Macena, informou que seu cliente prestou socorro à vítima.
“Ele permaneceu no local do acidente, prestou socorro à vítima como manda a lei, colaborou com os policiais e posteriormente foi levado à delegacia, onde foi registrado auto de prisão em flagrante. Vamos trabalhar em cima de sua idoneidade e alegando que ele não tem personalidade ao crime”, afirmou Macena.
Casos – Em janeiro de 2017, João Pedro avançou em alta velocidade na rotatória no cruzamento das avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré e atingiu Uno que estava esperando passagem e seguia pela Tamandaré no sentido centro/bairro. Duas pessoas ficaram feridas e ele fugiu do local, mas responde pelo crime até hoje. João também estaria embriagado.
Em novembro do mesmo ano, João Pedro passou embrigado e em alta velocidade pelo semáforo da Avenida Afonso Pena com a Rua Paulo Coelho Machado e a advogada Carolina Albuquerque Machado foi atingida e morreu. Por esse fato, em 2021, foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por homicídio culposo, já que estava embriagado. A sentença foi determinada para ser cumprida em regime semiaberto.
Agora, nesta madrugada, o médico atingiu carro no cruzamento das ruas Paulo Machado e Arquiteto Rubens Gil de Camilo, no Bairro Santa Fé. Uma mulher de 28 anos foi atingida e ficou ferida. Ele também dirigia em alta velocidade, sob efeito de álcool e foi preso em flagrante.
Residência - O médico faz residência em anestesiologia no Hospital Cassems de Campo Grande. Em nota, a entidade informou que está no primeiro ano da residência e que diante do acidente de hoje, "o caso será encaminhado para a Comissão de Residência Médica (Coreme) e Comitê de Ética Médica do hospital, para ser avaliado".