Acadêmico que matou no trânsito chega a local onde vai por tornozeleira
João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, ganhou direito à liberdade depois do pagamento de R$ 50,5 mil em fiança
Em silêncio e de cabeça baixas, o acadêmico de Medicina, João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, já chegou ao Patronato Penitenciário de Campo Grande, unidade de Agepen (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para colocar a tornozeleira eletrônica. Ele foi transportado até o local por dois agentes.
O universitário teve a prisão decretada pela morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, e por ter ferido o filho dela, de 3 anos e 8 meses, em acidente de trânsito.
João Pedro, que estava preso desde a tarde do sábado (4), foi transferido na manhã desta segunda-feira para o Centro de Triagem Anízio Lima. O acadêmico chegou por volta das 9h à unidade do Complexo Penal, no Jardim Noroeste – bairro do leste da Capital –, mas minutos depois, um oficial de Justiça foi até o local para informar que o rapaz tinha de ser liberado.
O alvará de soltura foi expedido depois que a família de João Pedro pagou fiança de R$ 50,5 mil. A Justiça também determinou que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica.
Ao chegar ao Patronato Penitenciário, não respondeu as perguntas da imprensa. Os advogados dele também estão no local.
Acidente - O acidente aconteceu por volta da meia-noite e meia de quinta-feira (2), no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Paulo Coelho Machado, em frente ao Shopping Campo Grande.
Carolina voltava de um encontro com as amigas, quando teve o VW Fox que dirigia atingido pela caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, que segundo o BPTran (Batalhão de Polícia de Militar de Trânsito), trafegava em torno de 160 km/h.
Após a batida, o rapaz fugiu a pé sem prestar socorro. O filho de Carolina, de 3 anos e 8 meses, que seguia na cadeirinha no banco traseiro fraturou a clavícula. A criança recebeu alta no fim da manhã de ontem (5).