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Capital

Polícia ouve envolvidos em outra colisão que teria sido causada por acadêmico

Anahi Zurutuza e Mirian Machado | 08/11/2017 13:00
João Pedro ao chegar no Patronato Penitenciário para colocar tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (6) (Foto: Paulo Francis)
João Pedro ao chegar no Patronato Penitenciário para colocar tornozeleira eletrônica nesta segunda-feira (6) (Foto: Paulo Francis)

A Polícia Civil ouviu na manhã desta quarta-feira (8) um motorista envolvido em acidente que teria sido provocado pelo acadêmico de medicina, João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 23 anos, que também causou a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, no trânsito. A mãe do condutor, que estava no carro com o filho, também prestou depoimento na 7ª DP (Delegacia de Polícia).

De acordo com a delegada Crhistiane Grossi Araujo Rocha mais testemunhas devem ser chamadas para depor e por último, o pai de João Pedro e também o universitário devem ser ouvidos. As equipes do Corpo de Bombeiros e a do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) que atenderam a ocorrência também serão convocadas.

A polícia investiga o crime de fraude processual, uma vez que João Carlos da Silva Jorge teria se apresentado à polícia como o motorista causador do acidente ocorrido em janeiro deste ano no cruzamento das avenidas Tamandaré e Euler de Azevedo, enquanto o filho foi reconhecido como o condutor.

A delegada contou que segundo as testemunhas ouvidas hoje, em janeiro, João Pedro conduzia uma caminhonete Nissa Frontier, a mesma que causou o acidente fatal neste dia 2 de novembro.

Ele teria entrado com muita velocidade na rotatória que organiza o cruzamento da Euler com a Tamandaré e perdido o controle da direção batendo no Fiat Uno, que estava parado, esperando a vez para atravessar o entroncamento.

O condutor do Uno afirmou que depois da colisão o motorista da caminhonete tentou convencê-lo de não chamar a polícia. Mas, os bombeiros e o BPTran foram acionados.

O causador do acidente, que para a testemunha era até esta semana era apenas um jovem alto, deixou o local antes que a polícia chegasse em um carro cheio de outros jovens. Ele estava aparentemente embriagado.

O motorista do Uno reconheceu João Pedro como o responsável por bater no carro dele nesta semana, quando fotos do universitário foram veiculadas pela imprensa. Foi quando, a testemunha decidiu procurar a polícia e denunciar.

Ele também entregou à delegada fotos tiradas em janeiro, no local da ocorrência.

O carro que a advogada Carolina conduzia ficou destruído (Foto: Direto das Ruas)
O carro que a advogada Carolina conduzia ficou destruído (Foto: Direto das Ruas)

Acidente fatal - O acidente que matou a advogada aconteceu por volta da meia-noite e meia do dia 2, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Paulo Coelho Machado, em frente ao Shopping Campo Grande.

Carolina voltava de um encontro com as amigas, quando teve o VW Fox que dirigia atingido pela caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, que segundo o BPTran (Batalhão de Polícia de Militar de Trânsito), trafegava em torno de 160 km/h.

João Pedro, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na sexta-feira (3), se apresentou à Polícia Civil na tarde de sábado (4). O rapaz passou o fim de semana em uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, mas foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 50.598,00.

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