Projeto que atendeu 10 mil pessoas suspende aulas sem previsão de volta

Projeto "Tocando em Frente", idealizado e mantido pela deputada federal Rose Modesto (União Brasil), anunciou encerramento das aulas na próxima sexta-feira (7). Pais de crianças que são alunas no local foram pegos de surpresa e relataram que foram avisados nesta terça-feira (4) via WhatsApp.

Em tom de despedida, a coordenação do programa agradece a parceria dos professores e informa em caixa alta que as aulas serão encerradas temporariamente, no entanto não informa quando ocorrerá o retorno.

“Boa tarde. Iremos suspender as aulas no projeto tocando em frente temporariamente, na SEXTA-FEIRA ENCERRAREMOS gostaria de agradecer a todos pela parceria agradecer aos professores pelo apoio, assim que retornarmos irei fazer contato com vocês”, diz o texto.

A casa de cultura localizada na Rua da Divisão no Bairro Parati funciona desde outubro de 2013. De acordo com informações apuradas pelo Campo Grande News, a justificativa para o fechamento é reformulação administrativa, por isso as férias que ocorrem geralmente no fim do ano, foram antecipadas.

Além do balé, karatê, capoeira, coral, futebol, violão, bateria e teclado também fazem parte da grade de ensino. Segundo texto postado nas redes sociais do projeto, mais de 10 mil pessoas entre crianças, jovens e adultos foram atendidas em todos esses anos.

A reportagem tentou contato com Rose e com o coordenador do Tocando em Frente, Rodrigo Barione, porém sem sucesso. Pelo telefone, funcionários informaram que a pausa estava prevista e inclusive houve apresentação geral dos alunos para selar o encerramento.

Outro lado

Após repercussão da matéria, Rodrigo Barione, se identifica como presidente do projeto alegou que tudo não passou de um mal-entendido e as aulas não serão encerradas, haverá apenas pausa para o feriadão da próxima semana com retorno das atividades no dia 17 deste mês.

“Não vamos encerrar o projeto, vamos apenas parar na semana do saco cheio para descansar. Fizemos três apresentações na semana passada, será descanso e decidimos seguir o calendário escolar, foi só isso. O professor que ouviu e mandou as mensagens fez confusão”, explicou.

Além disso, Rodrigo explicou que o projeto não pertence a Rose, ela idealizou quando era professora e levou para a casa dos pais dela, local em que funciona hoje o Tocando em Frente. “Mas ela paga uma água ou luz e não cobra o aluguel do espaço, não recebemos nenhuma verba”, disse, recordando que em determinada época os pais contribuíram com R$ 10 por mês.

Matéria editada às 19h06 para acréscimo de informações.