PT fica de fora do Governo e Senado, mas sai fortalecido das eleições em MS
Além de crescer nas bancadas, desempenho de candidatos surpreendeu
Fora do protagonismo desde o fim do governo de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, em 2008, o Partido dos Trabalhadores colheu bons frutos nestas eleições em Mato Grosso do Sul, embora não tenha conseguido emplacar nenhum nome nas chapas majoritárias.
Na Câmara Federal, por exemplo, passou de um para dois deputados federais, renovando mandato de Vander Loubet e estreando a vereadora por Campo Grande Camila Jara em Brasília. Jovem estudante de Ciências Sociais, a petista tem 27 anos e foi campeã de votos em 2020 quando se candidatou à Câmara Municipal tendo a preferência de 3.470 eleitores.
O bom desempenho nas urnas foi repetido e potencializado neste domingo (2), quando Camila obteve 56.552 votos. A aposta é que a universitária dê fôlego e musculatura à juventude da legenda, além de trabalhar com pautas progressistas deixadas de lado por nomes que estão há mais tempo no cenário sul-mato-grossense.
Na Assembleia Legislativa a bancada também cresceu. Além de Pedro Kemp e Amarildo Cruz, que conseguirem reeleição, o time conta agora com o reforço do ex-governador Zeca do PT, terceiro mais votado, ficando atrás apenas dos deputados reeleitos Mara Caseiro e Paulo Corrêa, ambos do PSDB.
Na disputa pelos cargos majoritários a sigla não conseguiu emplacar nenhum nome, fato já esperado diante dos números previstos desde o início da campanha. No entanto, os desempenhos dos novatos Giselle Marques, que pleiteou o Governo do Estado, e Tiago Botelho, que almejava o Senado, foram além da expectativa.
Ambos ficaram à frente dos candidatos do PSD, figuras já conhecidos na política estadual. Giselle obteve 9,42% dos votos (135.556) contra 8,68% (124.795) do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD). Tiago conseguiu o terceiro lugar no pódio ao Senado com 13,07% (178.041) enquanto o ex-juiz federal Odilon de Oliveira (PSD) alcançou 10,73% (146.261).