Quebrei a cara com o “Perneta”, ironiza Bolsonaro sobre ex-ministro da Saúde
Presidente voltou a defender a Cloroquina e atacou a CPI da Covid
No auge da CPI da Covid, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não conseguiu ficar longe da polêmica e comentou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. Durante evento em Terenos nesta manhã, disse que a CPI “não é para apurar propina na vacina não. Isso (escândalos) a imprensa tá com saudades. Dizem que é para apurar omissões no governo federal, mas quando é para chamar governadores, recua”.
Também voltou a criticar a postura do ex-ministro da Saúde. Ao falar sobre a dificuldade em formar um ministério no início do mandato, alfinetou Sérgio Moro, da Justiça, e Luiz Henrique Mandetta, que foi o primeiro a depor no Senado.
“Formar um ministério é difícil. Prefeito de Terenos, é fácil montar um secretariado ou não é? Tem um monte de cara pedindo para ser secretário, uns bons, outros ruins... mas conseguimos, formamos um ministério técnico. Com alguns eu quebrei a cara, como o da Justiça”, comentou.
A lembrança sobre Mandetta veio da plateia: “E o da Saúde?”, gritou um dos convidados no Assentamento Santa Mônica.
“O Perneta...”, respondeu Bolsonaro que emendou, criticando as orientações do Ministério durante a gestão de Mandetta. “Você morrendo de falta de ar, e ele dizendo ‘fique em casa’. Aí você procura o hospital, quando estiver morrendo?”, reclamou.
Conhecido por declarações polêmicas em relação ao tratamento contra a covid, o presidente também voltou a falar do uso de medicações contestadas, como a Cloroquina.
“Quando eu tenho dor de estômago tomo Coca-Cola. Quando senti o problema (covid), chamei o médico. Ele disse que era bom esperar para tomar medicação, mas peguei a caixinha de Cloroquinha. A saúde é minha. Muita gente tomou Ivermectina. Agora tem um novo que eu não vou falar o nome para não ser criminalizado”, defendeu.
Citou provérbio para dizer que população não pode ser frouxa diante pandemia. "Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena", repetiu.
Por fim , citou Benjamin Franklin para novamente defender a flexibilização de medidas sanitárias nos estados. “Se as cidades forem destruídas e os campos forem conservados, as cidades ressurgirão. Mas, se queimarem os campos e conservarem as cidades, estas não sobreviverão.”