Racha: Ala do PDT denuncia à cúpula nacional apoio de Odilon a Bolsonaro
Presidente nacional do PDT Diversidade, Amanda Anderson, enviou documento a Carlos Lupi
O apoio na eleição presidencial abriu um racha no PDT, que disputa o segundo turno ao governo de Mato Grosso do Sul, com denúncia encaminhada à cúpula do partido. Enquanto a direção nacional da sigla declarou “apoio crítico” ao petista Fernando Haddad, o juiz Odilon de Oliveira (PDT), que disputa o governo, se perfilou como soldado da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à presidência do Brasil.
Na quinta-feira (dia 11), a presidente nacional do PDT Diversidade, Amanda Anderson, enviou denúncia a Carlos Lupi, presidente nacional do partido. “Cobramos a posição decidida no dia 10 de outubro. Porque o partido determinou que não poderia haver apoio a candidatura do 'ele não'”, diz, citando a postura da sigla em não apoiar Bolsonaro.
Filiada ao PDT desde 2012, Amanda afirma que está dentro de um partido político que sofreu todas as retaliações possíveis na ditadura e cita a luta de Leonel Brizola pela democracia. “Jamais nos colocaremos a favor do fascismo”, diz. Ela afirma que o documento é interno e não poderia divulgá-lo para a imprensa.
Procurado pela reportagem, o presidente regional do PDT em MS, deputado federal reeleito Dagoberto Nogueira, afirmou que não quer comentar a denúncia. “Os candidatos foram liberados. O que ela fala não se escreve. Não dou bola para ela. E não é porque ela é trans que estou desprezando. Acha que é dona do partido e dona do mundo. Só dá problema. Para responder a Amanda, eu não te respondo”, diz Dagoberto.