ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, SEGUNDA  23    CAMPO GRANDE 25º

Política

Renovada, bancada federal de MS vai defender reformas, família e municípios

São 11 parlamentares que atuam em nível federal, dos quais, oito deputados federais e três senadores

Mayara Bueno | 12/10/2018 09:53
Nomes dos deputados federais e senadores de MS. (Arte: Ricardo Oliveira).
Nomes dos deputados federais e senadores de MS. (Arte: Ricardo Oliveira).

A partir de 2019, a bancada federal de Mato Grosso do Sul terá metade da composição com “rostos novos”. Com isso, as pautas e bandeiras dos parlamentares no próximo ano também devem ser renovadas, incluindo temas como reformas, defesa da família, fortalecimento dos municípios e desenvolvimento econômico.

Entre os deputados federais reeleitos é quase unânime a continuidade das pautas já levantadas até então. Mas também adoção de reformas administrativa, política, tributária e previdenciária.
“Além de combate à corrupção”, afirma Fábio Trad (PSD).

Ele era suplente de Carlos Marun, que virou ministro da Secretaria de Governo. Agora, foi reeleito para mais quatro anos. O parlamentar também disse que quer atuar em três áreas: construção de projetos em educação, segurança e saúde.

Rose Modesto (PSDB) foi a mais votada para o cargo de deputado federal. Ela quer trabalhar por políticas públicas voltadas à educação com vistas a melhorar os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Área social também será prioridade em seu mandato, com combate à violência contra mulher com leis mais severas, rede de proteção à criança.

Emprego e renda e fortalecimento do setor produtivo também são pautas da deputada federal eleita. Rose também defende reforma, especialmente política, com unificação das eleições para diminuição de custos.

“E também fortalecendo os municípios, o pacto federativo é uma pauta fundamental que nós não vamos abrir mão. Eu também sou a favor da saúde está na hora do governo federal ter a responsabilidade de ter um percentual fixo de repasse que hoje não tem, transferiu muito a responsabilidade para os municípios e estados e nós vamos lutar para resgatar isso também”.

Dagoberto Nogueira (PDT) foi reeleito para mais quatro anos e quer defender os interesses dos trabalhadores. “Vou continuar com o mesmo posicionamento”. O parlamentar acredita que serão anos de dificuldade, já que a “eleição foi uma das mais reacionárias do País, com o efeito [Jair] Bolsonaro“.

Vai na contramão das reformas, “a não ser que sejam boas reformas”. “Da Previdência, por exemplo, só se for menos agressiva”.

Loester Carlos Nunes, conhecido como Tio Trutis, do PSL, afirmou que, por enquanto, o foco dele é na campanha de Jair Bolsonaro à presidência. A reportagem insistiu em saber suas bandeiras e ele enviou, por whatspp, o encarte onde aponta suas propostas.

São elas: contra as drogas, contra o aborto, contra a ideologia de gênero, defesa da família e da escola sem partido, corte de gastos e privilégios para políticos, penas mais duras para estupro e roubo seguido de morte. Defende o pagamento das despesas pelos próximos presos, fim do auxílio reclusão, congelamento de salários de deputado e redução de verba de gabinete e indenizatória.

Quer tornar crime hediondo e inafiançável “alvejar polícias ou qualquer agente de segurança”, institutos federais para iniciação científica de jovens das escolas públicas, defesa da propriedade contra invasões de terras por indígenas e MST, militarização de 10% das escolas estaduais, posse e porte de armas para cidadão ficha limpa e com capacidade psicológica e crédito rural “aos moldes americanos” com máximo de 5% de juros ao ano.

Vander Loubet, do PT, foi reeleito também. Ele quer continuar a atuação municipalista, “no sentido de enviar recursos e apoio” às cidades de MS. Apoio à agricultura familiar, por meio de assentamentos que existem no Estado, e manter preocupação especial aos indígenas de Mato Grosso do Sul “por sua importância histórica e social”.

Projeto de lei de sua autoria sobre inclusão do gás liquefeito do petróleo, o gaz de cozinha, está pronto para ir ao plenário. Esta também será uma pauta. “Em sendo aprovado esse projeto representa um barateamento no gás de cozinha, para o consumidor final de 20%. Um botijão que hoje está na faixa de R$ 90,00, passaria a custar a na faixa de 70 reais”.

Eleito em 2018, Luiz Ovando (PSL) disse que quer aumentar escolas médicas, valorizar médico clínico, defender a família. “A família sendo a fonte da vida, nós precisamos recobrar os valores”.

Tereza Crisita (DEM) foi reeleita e quer continuar com as bandeiras já defendidas. Afirma que vai continuar o trabalho de agricultura familiar, com assistência técnica. Reforma também será um ponto de atuação.

Do PSDB, Beto Pereira vai trabalhar no desenvolvimento de ações pelos municípios e observar as grandes reformas: política, administrativa, diminuindo o tamanho da máquina, para que sobre para investir, reforma tributária.

Eleitores em fila de escola no domingo (dia 11), dia da votação. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo).
Eleitores em fila de escola no domingo (dia 11), dia da votação. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo).

Senadores – Em 2018, foram eleitos dois senadores para completar a bancada de três parlamentes no Senado. Simone Tebet (MDB) não disputou esta eleição, mas segue mais quatro anos, porque o mandato de um senador dura oito anos.

A parlamentar quer “continuar com os mesmos princípios e com a mesma atuação”. Também vai focar nas “reformas urgentes”. “Tributária, sem isso não vamos gerar emprego. Não vamos conseguir diminuir o número vergonhoso de desemprego. Hoje, os mais humildes pagam mais tributos”.

Reforma da Previdência também deve ser discutida, “não da forma como quiserem apresentar”. “Temos de cuidar da mulher, dos menos favorecidos, cortar privilégios”.

Nelson Trad Filho, do PTB, eleito em 2018, reforça que vai trabalhar pelo fortalecimento dos municípios. “Em 1988, quando foi instituída a divisão de repasses, a cada R$ 100 que caía nos cofres federais, 36% voltava para os municípios. Em 2018, 30 anos depois, apenas 9% vão para os municípios. Ou seja, encolheu o repasse público e as demandas aumentaram muito nas costas dos prefeitos”.

Quer, ainda, atuar pelo enxugamento de ministérios, cujos nomes de “muito deles não sabemos nem o nome”. “Precisamos promover essas mudanças para fortalecer os municípios e o meu preparo, por ter sido vereador, deputado e prefeito, me deixa com conteúdo pra debater qualquer tema nacional”.

A reportagem tenta, desde a manhã de quarta-feira (dia 10) entrevistar a senadora eleita Soraya Thronicke, que não atendeu as ligações, nem respondeu às mensagens de whatsapp até o fechamento e publicação deste texto.

Nos siga no Google Notícias