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Política

Reajuste de 22 mil servidores municipais será votado hoje pelo Legislativo

Alberto Dias | 12/05/2016 08:04

A Câmara Municipal votará na sessão desta quinta-feira (12) o reajuste dos 22 mil servidores municipais de Campo Grande. Conforme a assessoria da casa de leis, os parlamentares apreciarão ainda o projeto para criação de tabela salarial dos médicos do município e também o reajuste dos profissionais de educação, em greve desde 31 de março.

Na segunda-feira (9), o prefeito Alcides Bernal (PP) confirmou que o reajuste dos servidores municipais será mesmo de 2,79% "em virtude do período eleitoral". Bernal lembrou que o projeto de lei está na Câmara Municipal desde a semana passada e que aguarda a aprovação para poder reajustar os salários.

"O aumento poderia ter sido de 9,57% porque a lei autorizava até o dia 5 abril, no entanto eles rejeitaram", disse, referindo-se aos grupos sindicais contrários ao índice e também aos vereadores que reprovaram o PL em 5 de abril. Segundo ele, não há nada que possa ser feito.

Do outro lado da questão, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande) se reuniu com vários parlamentares e pediu algumas emendas ao projeto, com o objetivo de melhorar o índice. A versão final será conhecida da sessão que começa às 9 horas.

Para os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) o reajuste será de 3,31%, conforme previsto da Lei 5.411/14, a chamada "Lei do Piso". A afirmação partiu do prefeito, em coletiva à imprensa realizada na tarde desta quarta-feira (11). O índice põe fim também à greve da parcial categoria que atinge 30% das escolas da Capital.

Histórico - O projeto de reajuste linear para o funcionalismo municipal foi votado em 5 abril, na sessão subsequente à entrega dele na casa de leis. No dia, entidades ligadas aos administrativos da educação, guardas municipais e enfermeiros foram à Câmara para pedir por melhorias – somente o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais) reivindicava alteração no índice para 11,06%, o que travou a discussão.

Em virtude das divergências, os vereadores suspenderam a sessão, retomando-a à noite, quando decidiram barrar o projeto. Dia 5 era o último prazo para a tramitação do reajuste, de acordo com a regra eleitoral. Com o projeto rejeitado, o prefeito disse que não poderia conceder tal percentual, baixando-o para 2,79%. 

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